O assunto do momento é Bitcoin. Talvez você leitor não saiba exatamente o que é, mas com certeza já escutou algo sobre. Meu primeiro “contato” com a moeda virtual foi no comecinho de 2017 quando meu irmão tentou me explicar o que era e fiquei completamente chocada pois nunca tinha escutado nada sobre ela. Logo em seguida viajei com minha família para a Austrália e coincidentemente nos deparamos com uma máquina que aceitava Bitcoin como pagamento. Naquele momento percebi que a tal moeda que custei a entender como funcionava, já era muito mais conhecida do que eu imaginava.
Mas afinal, o que é Bitcoin? É uma moeda digital, que não precisa de bancos, grandes empresas ou do governo para funcionar. As transações ocorrem em uma rede descentralizada, chamada Blockchain, que funciona basicamente como um livro contábil e garante extrema segurança das informações que armazena, sendo elas: a quantia transacionada, quem enviou, quem recebeu, quando foi realizada a transação e etc. Esses dados são armazenados em blocos e a cada 10 minutos um novo bloco de transações é formado, se unindo ao anterior e formando uma cadeia que qualquer um pode participar.
As opiniões sobre a moeda se dividem ao redor do mundo. Aqueles que gostam e acreditam no potencial dela chegam a investir parte de seu patrimônio, inclusive muitos compraram a moeda há anos e não venderam com a esperança de uma alta no valor. Enquanto isso, muitas pessoas não são muito adeptas dessa ideia, afirmando que a Bitcoin pode ser uma forma de “brincar”, mas não é para ser uma reserva de valores. André Jakurski, fundador da JGP, comentou recentemente em uma Live que a moeda é equivalente a uma obra de arte, como algo que você coleciona e o valor depende do que o comprador está disposto a pagar. Warren Buffett, conhecido mundialmente por ser um grande investidor, deu seu posicionamento contrário às criptomoedas afirmando que o fim delas será trágico.
Se a previsão de Buffett vai se concretizar algum dia ainda não sabemos, mas o Bitcoin bateu recentemente a marca dos 40 mil dólares, o que equivale a aproximadamente 200 mil reais e muitos acreditam que em pouco tempo atingirá os 50 mil.
Independente de opinião, é inevitável dizer que a criptomoeda é extremamente segura e fornece mais transparência nas transações. Só nos resta saber se esses benefícios continuarão atrativos aos olhos do público ou se a moeda voltará a cair em breve. Para nós jovens, é essencial ficar de olho nisso! Talvez as bitcoins se tornem corriqueiras em nossas vidas futuramente de uma forma que jamais imaginamos. Inclusive, às vezes me pergunto se eu não poderia ter dado mais atenção à Bitcoin lá em 2017… como será que eu estaria hoje? (*Julia Xavier cursa Publicidade e Propaganda, e passou a se interessar pelo universo das startups, da inovação e do empreendedorismo após viagem ao Vale do Silício).