Geração Z: Por que tomar a vacina é um ato ético? Audino Vilão busca resposta no Imperativo Categórico de Imannuel Kant

O negacionismo cientifico é como uma densa nuvem que cobre a era da informação e, como vimos no artigo anterior, estamos sob “a crise da desinformação”. Os conspiracionistas vem atacando a ciência com hipóteses delirantes alegando “uma ausência empírica” (ausência de provas experimentais). Os terraplanistas ganharam grande destaque nos últimos anos com suas tentativas (fracassadas) de provar que a terra é plana, por exemplo.

Com a pandemia mundial da Covid-19, negacionistas e conspiracionistas tomaram o tempo livre da quarentena para teorizar aos montes, dizendo que era uma tentativa imperialista da China de sobrepor economicamente o bloco ociental, dizendo que o vírus é uma praga divina, que foi desenvolvido em laboratório ou, até pior, taxaram a doença de “gripezinha” e, se teve teoria da conspiração acerca do vírus, obviamente não faltaria sobre a vacina.

A ciência é comprova a eficácia em laboratório, com testes empíricos que seguem métodos eficientes recomendados pela Organização Mundial da Saúde, e sob parâmetro de controle de qualidade. Mas outro debate está surgindo: a vacinação “É obrigatória?”. Quem pode nos ajudar nessa questão é o filosofo iluminista Imannuel Kant.

Já tratamos de Kant como referência de outras colunas então pouparei detalhes históricos. Kant pode contribuir com tal reflexão com seu conceito ético que se chama “Imperativo Categórico”. Ora, podemos definir o Imperativo Categórico como a obrigação de agir de determinada forma por consequência do que (os gregos chamam de logos, Kant de razão, e aqui chamaremos de ‘semancol’. “Aja como se a máxima de tua ação se torne, através da sua vontade, lei universal”, ou seja, tome atitudes tendo como referencial pessoas em que possa se espelhar, por que é o certo, por que é racional e lógico. O imperativo categórico nada mais é que apontar o dever. É dever agir eticamente pela razão.

Pense que suas atitudes servirão de modelo e exemplo para outras pessoas. Neste caso, tomar vacina não seria um ‘Imperativo Categórico’, visto que é cientificamente comprovado e seguro tomar a vacina? E o que também caracteriza o ato de se vacinar como imperativo categórico é justamente a universalidade dele. Você não estará apenas se colocando em segurança, mas também as pessoas ao seu redor. Mais sobre o Imperativo Categórico de Kant no vídeo abaixo. Play! (*Audino Vilão, filósofo, cursa História na universidade e é youtuber – no insta @audinovilao e no Youtube)

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