por Júlia Xavier*
No Vale do Silício escutei muito sobre a tal “Inteligência Artificial” ou IA para os íntimos, afinal eu estava visitando um tecnopolo que apresenta diversas empresas que utilizam essa tecnologia. Entretanto, desde então percebi o quanto esse é um assunto recorrente em diferentes esferas, um dos temas mais badalados do momento e não deixará de ser tão cedo.
Isso porque a Inteligência Artificial vem sendo a responsável por inúmeros avanços na tecnologia e na vida de todos nós. Explicando de uma forma simplificada: a diferença de um software comum para um software de inteligência artificial, é que para o comum o comando realizado é “caso aconteça isso, faça aquilo”, enquanto para o outro são apenas fornecidos alguns dados e é a máquina que decide o que fazer. Apesar dessa explicação “simples”, ensinar a máquina a pensar sozinha não tem nada de simples, e exige outras tecnologias como machine learning e deep learning.
Por um lado, que defendo e já comentei em outros textos, a IA pode tornar o ser humano mais produtivo, livrando-o de certas tarefas mecânicas e repetitivas, dando espaço para que ele crie e inove cada vez mais. Também pode facilitar atividades “cotidianas” que nos incomodam. Um exemplo disso é que o Facebook e a NYU estão trabalhando na utilização da Inteligência Artificial para tornar as ressonâncias magnéticas quatro vezes mais rápidas, facilitando a vida dos pacientes e fornecendo diagnósticos mais rápidos.
Por outro lado, a IA ainda está relativamente longe de ser 100% eficaz, por exemplo, ao identificar publicações inadequadas nas redes sociais, sendo necessário que humanos verifiquem as denúncias. Portanto, não é capaz de substituir as pessoas.
Mesmo assim, há um questionamento recorrente: a Inteligência Artificial vai tirar o emprego de algumas pessoas a longo prazo? A verdade é que essa tecnologia já faz parte de nossas vidas, particularmente no mercado de trabalho. Recentemente, a Microsoft demitiu dezenas de jornalistas que atuavam no Microsoft News e os substituiu por Inteligência Artificial. O trabalho deles se baseava em pesquisar e organizar conteúdo nos portais oficiais da empresa.
Fato é que, cada vez mais teremos que aprender a conviver com a Inteligência Artificial, utilizando-a para potencializar nossas características humanas e facilitar nossas vidas. Afinal, a IA já está presente em nossos celulares, nas redes sociais, no antivírus, nos buscadores… (*Julia Xavier cursa Publicidade e Propaganda, e passou a se interessar pelo universo das startups, da inovação e do empreendedorismo após viagem ao Vale do Silício).