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por Júlia Xavier

Hoje me dei conta que é o 10º texto que escrevo aqui para o site e pensei “uau, nem sabia que tinha conhecimento o suficiente para criar 10 textos diferentes”. Eis que me surgiu a ideia de falar justamente sobre repertório. Isso porque, a gente vai vivendo e às vezes nem percebe o tanto que cada pequena coisa que nos acontece pode se tornar parte do nosso repertório.

O repertório é basicamente toda a nossa bagagem de vida. Tudo aquilo que a gente vivencia, assiste, aprende, se inspira. A partir do momento que sabemos disso, costumamos adotar uma postura 8 ou 80: ou ficamos preocupados em ir atrás de todas as informações possíveis para nos aprofundarmos no assunto ou simplesmente deixamos isso de lado e pensamos “ok, qualquer coisa que eu viver vai se tornar repertório mesmo”.

A verdade é que, nenhuma dessas duas posturas é certa ou errada. Mas o ideal, de modo geral, é que nós, jovens, sejamos no mínimo curiosos. Meu pai, bom publicitário que é, sempre me ensinou a observar a tudo e a todos, sempre prestando atenção, na medida do possível, ao que está acontecendo à nossa volta. Isso porque, muitas vezes a criação de algo inovador surge a partir da combinação de muitas outras coisas que já existem. Mas como vamos criar esse algo diferente se não tivermos um repertório bacana?

O repertório torna-se nossa base, nossa referência. É o famoso “uma vez eu vi”, “uma vez presenciei” que juntando às experiências de outras pessoas, pode-se tornar algo completamente novo.

Muitas vezes é composto por elementos como filmes, livros, revistas, mas não é só isso. Eu, por exemplo, possuo um repertório de alguém que fez aulas de teatro por muitos anos, o que pode ser totalmente diferente de alguém que sabe tocar instrumentos musicais. Portanto, não devemos nos cobrar por não ter o mesmo repertório que outras pessoas. Eu mesma sempre me cobro por não assistir tantos filmes renomados como alguns dos meus amigos fazem e, por mais que seja interessante que eu assista, sei que apresento que tenho referências que meus amigos não têm.

Portanto, é necessário que estejamos abertos a todo e qualquer tipo de experiência que a vida nos proporciona. Pensem na diferença que um bom repertório pode fazer a um empreendedor, por exemplo. Levemos em consideração uma situação simples e hipotética: a proprietária de uma loja de roupas que já tem experiência como vendedora. Seu êxito pode ser muito maior nesse caso por já dominar a venda, já ter consciência do que os consumidores procuram e esperam. Entretanto, o mesmo serve para o funcionário de uma empresa, que, com o sua vivência, pode trazer novas sugestões e criações para a empresa.

Então, repito o que disse no início do texto: nós, como jovens da Geração Z, devemos ser ao menos curiosos para fazer a diferença. O mundo precisa de mais questionamentos do que de respostas. (* Julia Xavier cursa Publicidade e Propaganda, e passou a se interessar pelo universo das startups, da inovação e do empreendedorismo após viagem ao Vale do Silício).

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