Ligada nos 220, ela é do tipo que, quando bate um cansaço, faz polichinelos. E com todo o corre-corre, podemos dizer que o ano que passou foi feliz para Paolla Oliveira, que reinou como vilã na novela das 6 e deixou sua marca na TV nacional ao mostrar seu derrière em cena. “Ainda bem que lembram de elogiar meu trabalho”, se diverte. Ainda bem
Por Julia Furrer para a revista J.P
Se 2016 for generoso com Paolla Oliveira como foi 2015, ela está feita. No ano que passou, reinou como Danny Bond, a garota de programa da minissérie “Felizes para Sempre?”, passou uma temporada em Dourados (MS) filmando o longa “Em Nome da Lei” com Mateus Solano, emplacou uma vilã na novela das 6 e, de quebra, ficou solteira – e feliz! Quem acha que tamanha intensidade não soa lá muito positivo, não conhece Paolla. Ligada nos 220, ela tem pavor de ficar parada. Quando chegou ao estúdio para fotografar o ensaio desta edição, parecia mesmo meio elétrica. Deu palpites no styling, mostrou referências de beleza para o maquiador, falou ao telefone para resolver pendências sobre a pintura de sua casa no Rio e dispensou o horário de pausa para almoçar. Tudo isso sem demonstrar sinais de cansaço ou pouca vontade de trabalhar. “Não sei fazer nada no automático. Se estivesse cansada aqui, ia pedir um tempo, ir lá fora fazer uns polichinelos e voltar inteira”, informa.
Sua personalidade agitada talvez explique o fato de se dar tão bem fazendo televisão. “Adoro essa velocidade. Receber um capítulo com poucos dias de antecedência e ter de dar conta do recado dá uma adrenalina gostosa.” Desde que surgiu em “Belíssima”, com seus 23 anos, formada em fisioterapia e recém-saída da Escola de Atores Wolf Maya, não parou de emplacar papéis no horário nobre. Até flerta com o cinema, mas sabe que nas novelas estão suas maiores oportunidades – e nem de longe acha o gênero inferior. “Existe um superpreconceito, mas é totalmente descabido. Fazer televisão é difícil pra caramba. Se relaxar um pouquinho, desanda.”, afirma. Quem a assiste em “Além do Tempo”, sabe que ela dá conta do recado. A vilã Melissa ostenta um indicador importante para o sucesso de um personagem: a torcida dos espectadores. “Muita gente me para na rua para dizer que ela está certa e que faria o mesmo caso estivesse em seu lugar”, conta, animada. O mesmo não aconteceu com Paloma, sua personagem de “Amor à Vida” rejeitada pelo público. “Fazer mocinha é muito complicado. Esses personagens, que antes eram os mais queridos, hoje em dia são recebidos com certa desconfiança. Ninguém acredita em alguém tão bom assim”. Entre mocinhas e vilãs, foi com uma prostituta que ela mais se destacou. Claro que estamos falando da Danny Bond, que, de tanto sucesso, ganhou até fantasia de Carnaval inspirada no derrière de Paolla. Se isso a incomodou? “Foi um susto. Estava vendo um canal de notícias e de repente a pauta era a minha bunda. Fiquei chocada! Ainda bem que também lembram de elogiar meu trabalho”.
Fato é que, além de comentar sobre sua boa performance, todos queriam saber como ela fazia para ficar tão sarada. Nós, que conferimos a ótima forma de Paolla de pertinho, endossamos o coro. Sua resposta não contém qualquer milagre: “Ralo muito. Descobri a duras penas que não tenho opção. Ou faço exercício e como direito, ou tudo cai”. Aos 33 anos, com tudo em cima, ela parece bem confortável com o corpão, lindo mesmo nos cliques indesejáveis feitos recentemente pelos paparazzi enquanto curtia uma praia ao lado de Rogério Gomes, o Papinha, diretor de “Além do Tempo” e ex-namorado das atrizes Deborah Secco e Andréia Horta. Sobre o episódio, Paolla – que terminou recentemente um relacionamento de cinco anos com o ator Joaquim Lopes – é prática: “O que eu posso dizer? Foi um momento que eles roubaram”. Mas estão juntos? “Não vou responder.” Os paparazzi, claro, adoram a atriz, mas não é tão comum vê-la estampada nas páginas de fofoca. “Eu tento me preservar. Não vou ao Sushi Leblon [restaurante carioca tido como point dos paparazzi], por exemplo. Mas, às vezes, acontecem uns assaltos. Porque é isso que eles fazem, né? Tomam a sua imagem e a sua privacidade sem qualquer consentimento.”
Longe de fazer o tipo esquentada, Paolla dá tchauzinho e até pede para arrumar o cabelo quando vê alguém escondido por aí à espera de um clique. Se irrita mais é com a patrulha da internet. Sua página no Instagram tem 2 milhões de seguidores e exibe cliques postados pela própria atriz, que diz que faz tudo sozinha. Para ela o assunto é sério. Entre uma selfie e outra, podemos encontrar posts patrocinados de produtos diversos: leite, bolsa, roupa, carro. E não sente que está enganando os fãs. “O mundo está muito hipócrita. Cada um que cuide de si. Se você segue uma pessoa que posta propaganda e não gosta daquele conteúdo, deixe de seguir.” Ela afirma que realmente usa todos os produtos e só aceita fazer campanhas de marcas que acredita. Mesmo aquele xampu bem baratinho que aparece com frequência no seu Instagram? “Juro que sim, e meu cabelo fica ótimo.” No Carnaval, seus cachos loiros não estarão na avenida. “Prefiro assistir no camarote, ser rainha de bateria exige uma dedicação surreal.” A gente aposta que ela chamará mais atenção do que qualquer majestade.
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