Fundador da Pacha dá venda de seu império como certa e critica o techno

Ricardo Urgell || Créditos: André Ligeiro

Ricardo Urgell, o todo-poderoso da noite espanhola e fundador da Pacha, confirmou em entrevista ao jornal “Diário de Ibiza” que a venda de seu império ao fundo de investimentos Trilantic está praticamente fechada, só falta bater o martelo. O valor a ser pago pelo negócio de franquias prestes a completar 50 anos de vida? 350 milhões de euros (R$ 1.225 bilhão), 150 milhões de euros a menos do valor inicial pedido pelo empresário.

Além da marca Pacha, a operação inclui os hotéis Destino Pacha Ibiza Resort e El Hotel Pacha, o restaurante cabaret Lío Ibiza, além de franquias nacionais e internacionais. No total, a rede tem 20 clubes espalhados por 14 países. Sobre se desfazer do negócio fundado em 1967, Urgell, que completa 80 anos no próximo ano, disse: “Me dói muito vender a Pacha em um momento tão doce”.

Aos que pensam que a venda significa a aposentadoria do espanhol ícone da noite, pode esquecer. No próximo ano ele prepara a abertura da Strangers in the Night, boate que vai mesclar diversos estilos: “Teremos mil coisas distintas: um dia com música lenta, outro dia com reggeaton, outro com um espetáculo impressionante chamado Fuerza Bruta e muito mais”. Ricardo também contou sobre outros projetos à vista, como hotéis em Cuba e outros locais emergentes no lazer.

Sobre música eletrônica, ritmo que considera abertamente um ruído apesar de ser seu ganha pão, disse:”Eu acho que o techno tem que mudar, é uma música muito repetitiva. O bom é quando você sai feliz e cantando de um lugar que tenha ido para dançar”. Seu ritmo favorito da vez? Reggeaton. “Não é o ritmo que eu amo, mas as pessoas ficam muito felizes: eles riem e dançam. Me faz lembrar muito um ambiente flower power dos anos setenta.” 

Em sentido horário: o restaurante cabaret Lío Ibiza, o El Hotel Pacha e uma das boates da rede || Créditos: Divulgação

 

 

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