O momento mais constrangedor do julgamento de Harvey Weinstein, que está em curso na Suprema Corte de Manhattan, em Nova York, aconteceu nessa terça-feira. Mais para o fim do dia, os jurados presentes no local foram avisados de que precisariam analisar “imagens fortes” e, em seguida, receberam cinco fotos registradas pelas autoridades de lá que mostram o produtor como veio ao mundo. Uma jurada fez cara de espanto assim que lhe entregaram o material, enquanto outro arregalou os olhos, incrédulo diante do que via.
Todos os cliques foram encomendados a mando da promotoria de NY para corroborar a descrição de algumas supostas vítimas de Weinstein, que em depoimento se referiram às partes íntimas dele da mesma forma: como “algo muito estranho”. A atriz Elizabeth Entin, que depôs na semana passada, chegou a dizer que pensou que o ex-bambambã de Hollywood era intersexo quando o viu nu pela primeira vez. Sabe-se que existem pelo menos 72 outras fotos íntimas de Weinstein que ainda poderão servir como evidência processual.
Terminada a audiência, Weistein deixou o prédio da Suprema Corte nova-iorquina cabisbaixo, mas não resistiu à tentação de responder com sarcasmo a pergunta de um repórter que quis saber se a tais fotos suas expostas na frente de várias pessoas minutos antes eram mesmo verídicas. “Não, eram da Playboy”, devolveu o outrora todo-poderoso do showbiz. (Por Anderson Antunes)