Os principais líderes do Partido Comunista da China se reuniram nesse fim de semana em Pequim para discutir o futuro do país asiático. Até aí, nada demais, a não ser por um “detalhe”: marcado para acontecer no Grande Salão do Povo, um prédio governamental localizado no centro da capital chinesa, o encontro contará pela primeira vez com mais de 150 “super ricos” cuja fortuna combinada chega a US$ 650 bilhões (R$ 2,12 trilhões) – ou o dobro do PIB da Irlanda.
Entre eles há vários magnatas do setor imobiliário, um dos que mais cresceu na China nos últimos anos, além de investidores do setor automotivo, outro que anda bombando por lá com muitos bilionários que fizeram fortuna no mundo ocidental. No total, mais de 5 mil pessoas vão participar do evento, que terá como principal tema de discussão a alteração de uma emenda constitucional que permitiria ao presidente Xi Jinping permanecer no poder até 2023.
Só para se ter uma ideia, na reunião de 2017 do PC chinês a riqueza somada dos super ricos vermelhos era de US$ 507 bilhões (R$ 1,65 trilhão), dos quais pelo menos 102 eram bilionários. Entre os membros do clube dos dez dígitos, aliás, os mais aguardados nos corredores do poder de Pequim foram Pony Ma, CEO da empresa de internet Tencent, e Lei Jun, da Xiaomi, hoje em dia a principal concorrente da Apple. (Por Anderson Antunes)0