Por Aline Vessoni para a Revista J.P de abril
A cena independente de Belo Horizonte viu surgir há dois anos a banda Daparte, que tem como vocalista Juliano Alvarenga, 19 anos, filho de um veterano do rock brasileiro, Samuel Rosa, do Skank. Prestes a lançar o primeiro disco, pela Sony Music, Alvarenga, que comanda a trupe composta por João Ferreira, Bernardo Cipriano, Túlio Lima e Daniel Crase, conversou com a J.P sobre sua música e como é seguir os passos do pai.
J.P: De onde vem o nome Daparte?
Juliano Alvarenga: Foi inspirado no Clube da Esquina [famoso grupo de músicos que tinha membros famosos como Milton Nascimento e Lô Borges]. Eles tinham um apelido que usavam entre eles, que era “da parte”. Também achamos legal que a banda tem várias partes: são muitos compositores, não tem só um vocalista…
J.P: A música sempre foi algo importante na sua vida?
JA: Sim, eu sempre gostei muito, convivi com música. Pra mim, é uma terapia, sou viciado.
J.P: Com quantos anos você começou?
JA: Com uns 10 anos. Já tinha uma bandinha na escola, mas ninguém sabia tocar direito. Tocava uma guitarrinha que meu pai me deu.. A banda chamava Cabelos Azuis, porque a gente pintava o cabelo. Gostava muito de Kiss nessa época, tinha essa coisa de querer brincar de ser rock star.
J.P: Seu pai te influenciou bastante?
JA: Despertei para a música quando comecei a frequentar os ensaios do Skank e via o Haroldo [Ferretti] tocando bateria. Gostava muito, mas meu instrumento mesmo é a guitarra. Pedi ajuda para o meu pai e ele disse que iria me dar aula uma vez por semana, mas ele nunca podia porque quase sempre estava viajando. (risos)