A filha de Bruce Lee, Shannon Lee, não gostou nada nada da forma como seu pai foi retratado em “Era uma vez em Hollywood”, aguardado filme de Tarantino que estreia no Brasil nesta quinta-feira.
“Ele pode calar a boca”, disse ela à Variety quando perguntaram como Tarantino poderia se redimir de qualquer desconforto causado à família do mestre do kung fu. “Isso seria muito bom. Ou ele poderia pedir desculpas ou poderia dizer: “Realmente não sei como Bruce Lee era. Acabei de incluí-lo no meu filme, mas isso não condiz com a realidade.”
Recentemente, o diretor defendeu sua representação da lenda das artes marciais (interpretada por Mike Moh) como um fanfarrão arrogante: “Bruce Lee era um tipo arrogante”, disse ele em um encontro com a imprensa em Moscou. “Ouvi comentários nesse sentido. As pessoas estão dizendo: ‘Ele nunca disse que poderia bater em Muhammad Ali’. Bem, ele disse, sim. Ele não apenas disse isso, mas sua mulher, Linda Lee, incluiu isso em sua primeira biografia.”
Shannon saiu em defesa do pai dizendo que a confiança dele poderia ser confundida com arrogância e não o chama de “homem perfeito”. No entanto, ela observou que o tipo de crítica que Tarantino faz é algo que ela já ouviu antes, principalmente de homens brancos que estavam lidando com artes marciais e em Hollywood.
“[Tarantino] pode retratar Bruce Lee do jeito que quisessse, e ele o fez”, disse Shannon Lee. “Mas ele não está sendo honesto ao dizer: ‘Bem, é assim que ele foi, mas esse é um filme de ficção, então não se preocupe muito com isso'”.