O lançamento do livro “Rita Lee: uma Autobiografia”, que aconteceu na tarde dessa quarta-feira, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, causou o furor devido e superou as expectativas de público que a organização esperava. Marcado para as 17 h, Rita atrasou 20 minutos para dar as caras – estava reclusa com os filhos Beto e Antônio Lee no Teatro Eva Herz, instalado no terceiro andar da livraria, mas não se atrasou, muito pelo contrário, já estava nas dependências do prédio com 1h20 de antecedência. O atraso aconteceu mesmo porque um esquema de segurança que levasse a cantora até à mesa onde daria os autógrafos não estava armado.
Diante de todos os pedidos especiais e exigências, o filho Antônio Lee trouxe de casa cristais, uma caneta, uma bola de cristal em miniatura, duas imagens de Nossa Senhora Aparecida – também em miniatura – e até um incenso para purificar o ambiente e a mesa onde ela atenderia apenas 300 fãs, que só poderiam levar no máximo dois exemplares do título autografado e mais nada. “Essa mulher de cabelo branco é a Rita Lee?”, perguntava alguém que passava por ali, gerando risadas de fãs que acompanhavam tudo de perto com câmeras e celulares nas mãos. “Ela está abraçando todo mundo, levantando e com um humor ótimo”, observou uma das funcionárias da livraria, que distribuiu 50 senhas. Quem passa pela Alameda Santos, na parte de trás do complexo, avistava uma fila que seguia até a Rua Padre João Manuel. “Não saio daqui sem meu autógrafo e minha foto”, dizia o último da fila, um auxiliar administrativo de 33 anos que tirou o dia para se dedicar integralmente à função.
Rita foi escoltada por uma parede humana de seguranças e familiares, fez graça e deu risada. A música “Agora Só Falta Você” foi cantada em coro e ecoou no vão da livraria. A apresentadora Sarah Oliveira foi com os filhos Chloé e Martin: “A Chloé é fã, adora as músicas da Rita, fica dançando sem parar. Não dava pra não vir”, disse Sarah. Sem auê ou qualquer tumulto, a fila seguiu seu ritmo e Rita pediu para avisar que iria atender todo mundo que pegou a “tal da senha e, se der tempo, até quem não sabe de nada”. (Por Matheus Evangelista)