Ficção real


Waly Salomão era um dos melhores amigos de Carlos Nader. Os dois faziam performances de poesia e vídeo juntos. E rodaram o mundo por quase 20 anos em apresentações na Alemanha, França, Itália, no Líbano, em Porto Alegre, São Gabriel da Cachoeira… O resultado dessas viagens e da amizade deles está no documentário “Pan-Cinema Permanente”.


* O filme estréia no domingo (30) no Arteplex do Rio, ao som dos tambores do AfroReggae. Afinal, Waly foi o grande mentor da banda, talvez seu maior mestre. Já em São Paulo o filme passa no “É Tudo Verdade” na próxima terça-feira (01) no Cinesesc.


* Nas palavras do próprio Carlos Nader, a obra é sobre a visão de mundo do Waly. “Ele acreditava que a vida é um grande filme de ficção, um grande teatro. Acreditava nisso na prática. Quem o conheceu, viu. Ele transformava qualquer lugar numa grande comédia. Ficava encenando a própria vida e a vida alheia. Foi engraçado fazer um documentário sobre alguém que não acredita na idéia de realidade.”


* Em tempo: baiano de Jequié, filho de um sírio muçulmano e uma sertaneja baiana, Waly Salomão (1943-2003) se formou em direito e virou poeta. Amigo de Hélio Oiticica, foi um dos compositores preferidos de Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.

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