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Hugo (João Miguel), Dionísio (Perfeito Fortuna) e Fernando Meirelles || Crédito : TV Globo/Ze Paulo Cardeal
Hugo (João Miguel), Dionísio (Perfeito Fortuna) e Fernando Meirelles || Crédito : TV Globo/Ze Paulo Cardeal
Hugo (João Miguel), Dionísio (Perfeito Fortuna) e Fernando Meirelles || Crédito : TV Globo/Ze Paulo Cardeal

A TV Globo tem iniciado a dramaturgia dos últimos anos com o pé direito – para citar os dois mais recentes, as microsséries “O Canto da Sereia” e “Amores Roubados”. Nesta segunda-feira, será do cineasta Fernando Meirelles a missão de atrair a atenção do espectador disperso com as férias de verão. Convidado pela emissora, ele tinha em mãos o texto pronto de Euclydes Marinho, que revisitou seu “Quem Ama Não Mata”, exibido na década de 1980. A nova versão ganhou o título de “Felizes para Sempre”. “Uma boa história pode e deve ser recontada. Quantos remakes de Hamlet já devem ter sido feitos? Mas ‘Felizes para Sempre’ não é um remake”, explica Meirelles. “A ideia de Euclydes foi revisitar ‘Quem Ama Não Mata’ só no tema e na estrutura da trama.” No set, o cineasta escalou os diretores e amigos Paulo Morelli, Rodrigo Meirelles e Luciano Moura. E reuniu no elenco nomes de peso como Adriana Esteves, João Miguel, Cássia Kis Magro e Enrique Diaz.

Em um total de dez episódios, a trama, ambientada em Brasília, mostra cinco casais com problemas conjugais com direito a um crime passional. Apesar de envolver personagens mais endinheirados que a média dos brasileiros, Meirelles acredita na interação do público com a trama. “Os problemas conjugais independem de classe social e na série há problemas para todo mundo se identificar: mulher que não ama o marido, marido que fica impotente, mulher mais velha paquerada por um garotão, marido ciumento. Tem para todo mundo.”

AGENDA LOTADA
Essa é a primeira vez que o diretor de “Cidade de Deus” e “O Jardineiro Fiel” se dedica a um projeto que flerta com o folhetim. “Nunca fiz nada parecido e foi um belo e prazeroso desafio”, comenta. Sobre novela, aliás, Meirelles nega que o formato esteja obsoleto, mas concorda que os tempos são outros. “Todo mundo sabe que a TV aberta nunca mais será o que foi. A novela ajuda a manter fiel o espectador do canal, mas o público jovem não entende essa ideia de ter de ligar todo dia na mesma hora para ver o programa que gosta. Não acredito que quem tem menos que 25 anos poderá se tornar um espectador de novelas no futuro.”

O futuro de Meirelles, claro, está cheio de planos. O longa inglês “Nemesis”, sobre a história do milionário grego Aristóteles Onassis e que aborda sua inimizade com Bobby Kennedy, já deveria ter sido rodado, mas segue dependendo de respostas. Enquanto isso, ele filma, em março, dois episódios da série canadense “Sensitive Skin”, com Kim Cattrall, a fogosa Samantha de “Sex and the City”. E ainda integra o time criativo que pensa a abertura da Olimpíada 2016, no Rio. “Trabalho para uma encarnação”, finaliza. (Por Pedro Henrique França, para a revista PODER de dezembro/janeiro)

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