Fernanda Lima comanda mais uma vez o “SuperStar”, concurso de bandas que estreia sua segunda temporada no próximo dia 12, na Globo. Glamurama foi conversar com a apresentadora sobre esse assunto. E mais: a fama dela de dar pitaco em tudo, a pressão do ‘ao vivo’, as críticas nem sempre construtivas, um convite pra ser rainha de bateria, se existe possibilidade de ela voltar a atuar e o que ela fez em seus três meses de férias. Ufa… À entrevista, glamurette! (por Michelle Licory)
“Pego intimidade aos poucos”
Dá pra torcer por alguma banda, Fernanda? “No começo, tento ficar mais distante, pra ser imparcial. Pego intimidade aos poucos. Sou uma pessoa que chega devagarzinho. Se te conheci hoje, não vou te colocar no colo. Mas fica observando eles rezando, torcendo pra passar… A gente se encontra nos corredores… Aí já começa a se abraçar, eu fico querendo ir ao show… Então fico, sim, chateada quando eles não passam. Eles estão contando com aquele momento. Mas faz parte do jogo, e da vida.”
“Não compro CD”
“O programa está se repetindo porque foi um sucesso. Pegou, e num domingo, num horário em que todo mundo já está querendo se acomodar… As pessoas me falavam na rua: ‘você é a culpada de eu ter dormido tarde!’ Gosto muito do Jamz [segundo lugar no ano passado]. E a Malta [vencedora]… Bom, eu não compro CD e dependo de ajuda para baixar músicas. Mas sempre que entro em um táxi e está tocando, me emociono. Aquele cara canta com personalidade e uma dor, uma força… Tem algo de muito especial na voz dele. Depois da final, todo mundo estava aliviado. E as bandas felizes por terem conquistado uma relevância. Todo mundo bêbado se abraçando na festa de encerramento…”
“Estou calejada, aí vira uma cachacinha”
“Gosto bastante do que faço, é uma profissão privilegiada. Onde tiver uma luzinha, um microfone e uma câmera, estarei feliz. O ‘ao vivo’ é uma energia diferente, com os jurados tendo que falar na lata, sem poder se repetir. Antes de entrar, faço muito exercício de voz, durante uns 40 minutos, pra não gaguejar, fazer cacofonia ou falar uma palavra de forma enrolada. E eu pratico yoga e meditação, então me preparo para esses momentos de maior tensão. Já estou calejada, passei por tanta coisa. Aí vira uma cachacinha: você sabe que é perigoso, mas gosta…”
“Sou insuportável”
“Gosto de moda, de roupa bonita. Eles pegam bastante coisa para o figurino e eu escolho a partir dali o que é a cara do ‘SuperStar’. Palpito na maquiagem também. Sou insuportável, dou pitaco em tudo. Comparações são saudáveis [sobre quem está mais gata no dia: ela, uma jurada, a repórter…]. Se gosto de ler nas redes sociais que estou bonita? Sim, né! Sou meio bipolar com rede social. Acho tudo um saco, mas importante, sei que as pessoas que acompanham merecem atenção. No programa, sou muito pro, gosto de estar junto, de ajudar. Não preciso aparecer no crédito, mas gosto da ilha de edição, a direção de arte me interessa… Mas você precisa saber onde pode entrar. Onde sou chamada, adoro participar. O ‘SuperStar’ é um formato pronto, comprado. ‘Amor e Sexo’ é mais artesanal.”
Em aberto
Por falar em “Amor e Sexo”, vai rolar ou não mais uma temporada? “Às vezes a gente ainda não sabe, nem o nosso chefe sabe, e as notinhas antecipam isso. Aqui a gente ainda está conversando. Me chamaram pra almoçar, perguntaram se eu acho que ainda rende mais uma temporada… Eu ainda não sei mesmo se vamos voltar.”
“Críticas do mal, pra te ferrar”
“Já tomei tanta porrada. No começo, dói muito. Muitas vezes as críticas não são construtivas, são do mal, pra te ferrar. O sucesso incomoda. Mas chega uma hora que você vai criando uns calinhos e aquilo já não significa nada. Dou risada! Estudei, estudo. Se errei, errei, mas me esforcei. Não faço nada de qualquer jeito.”
“Um lado travesti que adoraria…” Ser rainha de bateria!
“Recebi, sim, um convite superengraçado pra ser rainha de bateria em 2016. Adoraria, mas são tantas diárias! Tem que ir à feijoada, aos ensaios, tantos compromissos. Se eu não for, começa aquela coisinha… ‘Ah, a comunidade está chateada’. Então acho que vou passar por essa vida sem ser rainha, mas em algum lugar de mim tem um lado travesti que adoraria ter essa experiência.”
Sombra e água fresca
“Fiquei três meses viajando, de férias. Fui pra Bahia, Noronha, passei um tempão na minha casa na serra, em Teresópolis. E também estive em Nova York. Putz, como eu precisava disso. Esse processo de programa é muito intenso, a gente termina exaurida.”
O trabalho da mamãe
“Já trouxe meus filhos [os gêmeos João e Francisco] duas vezes aqui no Projac e outro dia fui gravar umas ‘cabeças’ para o ‘SuperStar’ em São Paulo e um deles pediu pra ir junto, o João. Expliquei que seria só uma sala verde, pequena, chroma key, sem ninguém, mas ele quis ir mesmo assim. Achei bom mostrar um lugar bem sem graça pra ele entender o trabalho que faço. Ele entrou e ficou com aquele olhar de decepção. Quando o pai [Rodrigo Hilbert] grava o ‘Tempero de Família’ [programa dele no GNT] na nossa casa de Teresópolis, os dois estão sempre ali vendo. Outro dia me pediram para ligar a câmera e gravaram um videozinho.”
“Deixa eu aqui”
“Ah, ia dar muito trabalho voltar a interpretar. Eu teria que estudar… Deixa eu aqui fazendo o que já sei mais ou menos [apresentar]. O Rodrigo recebeu convite pra fazer novela, mas ele também está tão à vontade no ‘Tempero’…” Tá certo, Fernanda!