A carioca Panmela Castro é considerada por muitos a “rainha do graffiti brasileiro”, porque usa a arte urbana e a moda para questionar o papel da mulher na sociedade, denunciando o machismo, o patriarcado e os estereótipos femininos presentes no mundo “cor-de-rosa” dos contos de fada. Sua mais nova empreitada? Ela acaba de ser convidada para a 2ª edição de Frestas, a Trienal de Artes do Sesc, que abre dia 12 de agosto em Sorocaba.
Para a participação, a artista utilizou um muro do histórico Palacete Scarpa, sede da Secretária de Cultura da cidade, para criar um grafite destacando duas faces femininas em tonalidades fortes e avermelhadas e no Sesc Sorocaba, ela apresenta nos dias 12 e 13 a performance “Femme Maison” na qual vai compartilhar um vestido siamês com a escritora feminista gaúcha Clara Averbuck. Juntas, elas caminham até uma grande casa de bonecas, abrindo as portas e janelas para o público acompanhar a movimentação da dupla. Logo em seguida, Clara cede seu lugar para os visitantes que quiserem contar suas histórias para Panmela e, na última etapa da intervenção, a performer também sai de cena, permitindo que o público entre e utilize os acessórios do ambiente.
Em tempo: com o tema “Entre Pós-Verdades e Acontecimentos” e curadoria da crítica de arte Daniela Labra, a Trienal promove a descentralização dos polos de arte contemporânea no país, reunindo em Sorocaba 60 artistas brasileiros e internacionais que ocuparão diversos pontos da cidade com obras que discutem a verdade na arte e nos discursos midiáticos. A exposição é gratuita e segue até 03 de dezembro. Agende-se!