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O condomínio medieval: Eltz

Atire uma flecha na Alemanha e, na maioria das vezes, ela atingirá um castelo. Pode parecer absurdo, dada a reputação do país em termos de organização, mas ainda não se sabe quantos castelos existem em solo alemão. Mas há esperança para uma resposta. Um projeto em andamento tentar contabilizar e inserir esse tipo de construção em um banco de dados. A estimativa é de cerca de 25 mil, incluindo ruínas – algumas onde apenas a fundação permanece.

No entanto, existem alguns castelos que se destacam por causa da beleza, história, localização ou simplesmente porque entraram na cultura popular através de uma peculiaridade do destino. Aqui estão 10 dos melhores castelos da Alemanha para conhecer em sua próxima viagem para o destino. Segue a trilha!

A prisão inexpugnável: Colditz

A prisão inexpugnável: Colditz || Créditos: Reprodução

Mesmo que você não tenha lido o livro, assistido ao filme ou jogado o jogo de tabuleiro “Escape From Colditz”, é provável que você tenha ouvido falar do Castelo Colditz. Construído estrategicamente em um penhasco na Saxônia do século 11, foi usado como um posto avançado militar, um zoológico e um hospital psiquiátrico antes de se tornar uma prisão para prisioneiros políticos dos nazistas. Considerado à prova de fugas, deteve prisioneiros de guerra durante a Segunda Guerra Mundial. Entre os detidos, estavam o astro Douglas Bader, o sobrinho de Winston Churchill, Giles Romilly, e o visconde Lascelles, primo da rainha Elizabeth II. Apesar de sua impenetrabilidade, houve muitas tentativas de fuga bem-sucedidas.

A ruína romântica: Heidelberg

A ruína romântica: Heidelberg || Créditos: Divulgação

“Nada é maior do que o caído”, escreveu Victor Hugo sobre as ruínas do Palácio de Heidelberg, que, como uma boa garrafa de vinho, envelheceu notavelmente bem. Mark Twain, outro fã, escreveu: “Uma ruína deve estar corretamente situada para ser eficaz. Esta não poderia ter sido melhor colocada.” Construído de arenito marrom-rosado que se transforma em cor de chiclete ao pôr do sol, rodeado por bosques e terraços para múltiplas visões sobre Heidelberg e o exuberante vale de Neckar, este é o mais romântico dos castelos alemães.

Se precisar de provas, encontre o Portão de Elizabeth. Este arco barroco delicado foi erguido em uma noite em 1615 por Eleitor Frederico V, como um presente surpresa para o aniversário de sua esposa, Elizabeth Stuart da Inglaterra. Romântico, vai?

O conjunto da ópera: Wartburg

O conjunto da ópera: Wartburg || Créditos: Getty Images

Os fãs de Richard Wagner conhecem o Castelo de Wartburg de sua ópera “Tannhäuser”. É no Salão do Trovador do castelo que o herói cavaleiro entra em um concurso de canto de “Batalha dos Bardos” no Ato II. De fato, os proprietários de Wartburg – uma joia romana inscrita pela UNESCO, datada de 1067 – eram patronos das artes e que o salão dos cantores ainda existe nos dias de hoje, reformado pelos olhos do romantismo do século XIX. Ainda assim, há muito mais para ver, principalmente mosaicos que retratam sua mais venerada residente, Santa Isabel da Hungria, que foi canonizada em 1235. Hoje, porém, sua principal atração é o exílio de Martinho Lutero. Esta mancha de peregrinação protestante é onde o grande reformador traduziu o Novo Testamento para o alemão, permitindo que as massas interpretassem o texto por si mesmas.

O conto de fadas: Neuschwanstein

O conto de fadas: Neuschwanstein || Créditos: Getty Images

Se você achou que o Castelo de Neuschwanstein tem uma estranha semelhança com o castelo da Bela Adormecida na Disneylândia, acertou. Ele serviu como inspiração. Neuschwanstein foi construído pelo rei Ludwig II, o “rei louco” da Baviera em 1880, “no estilo autêntico dos castelos dos antigos cavaleiros alemães”, como ele descreveu. A silhueta multirretratada de Neuschwanstein incorporava um ideal germânico abstrato, o resultado da combinação de desenhos medievais com as percepções do século XIX sobre como tais designs deveriam se parecer. Some isso a um cenário magnífico em um cume de frente para os Alpes tiroleses, e não é de admirar que o castelo seja um dos prédios mais fotografados do mundo e serviu de inspiração para Walt Disney e seus animadores.

O forte da ilha: Schwerin

O forte da ilha: Schwerin || Créditos: Getty Images

Pense em um castelo empoleirado no alto de uma cordilheira inacessível, parecendo uma verdadeira fortaleza e temível. Na ausência de montanhas, os castelos usam os fossos como defesas, mas o castelo de Schwerin, localizado nas planícies do norte da Alemanha, melhora com a ocupação de uma ilha em um lago. Quando o proprietário, o duque de Mecklenburg, abdicou após a Primeira Guerra Mundial, ninguém sabia o que fazer com o castelo ou se importava o suficiente para mantê-lo. Sua sorte se transformou em 1990, quando se tornou a sede da assembléia regional, e este belo castelo e seus jardins foram totalmente restaurados à sua grandeza original.

O covil do monstro: Frankenstein

O covil do monstro: Frankenstein || Créditos: Reprodução

As ruínas despretensiosas do Castelo Frankenstein, do século XIII, com vista para Darmstadt, têm a fama de seu nome. Os historiadores duvidam se Mary Shelley, autora do romance de terror já viu ou pôs os pés nele. Embora tenha feito um cruzeiro no Reno em 1814 e passado a 10 milhas das ruínas quatro anos antes de seu livro sair, o castelo não aparece em seu livro de memórias da viagem. No entanto, o Castelo Frankenstein foi o local de nascimento de Konrad Dippel, um alquimista que alegou ter inventado o elixir da vida e pode ter experimentado com cadáveres. Shelley poderia muito bem ter ouvido falar da missão de Dippel e criou o personagem do Dr. Frankenstein. Hoje em dia, é um destino procurado perto do Halloween com festas lotadas de monstros.

O albergue da juventude: Altena

O albergue da juventude: Altena || Créditos: Getty Images

Muitos castelos tornaram-se hotéis luxuosos cinco estrelas, mas Altena Castle, 40 milhas a nordeste de Colônia, abriga um albergue da juventude que data de 1912. Foi quando Richard Schirrmann abriu o primeiro albergue da juventude do mundo no recém-renovado castelo. Em 1919, logo após a Primeira Guerra Mundial – onde Schirrmann lutou na frente de Vosges –  fundou a Youth Hosteling Association, acreditando que trazer jovens juntos minimizava as chances de outro conflito sangrento. Hoje, o Altena Castle é um monumento duplo ao idealismo de Schirrmann – em primeiro lugar, incorporando um World Youth Hostel Museum em suas instalações e, em segundo lugar, ainda oferecendo acomodações econômicas em um castelo genuíno de 800 anos.

A grande dama: Meersburg

A grande dama: Meersburg || Créditos: Getty Images

Com vista para as margens do Lago de Constança, o Castelo de Meersburg afirma ser o mais antigo castelo ainda habitado da Alemanha. Segundo a lenda, foi construído em 630 dC por Dagobert, um rei da dinastia merovíngia. A fortaleza central, a Torre de Dagobert, é nomeada em sua homenagem. Os vários moradores modificaram de acordo com os caprichos de suas respectivas épocas. Hoje, parece parte barroca, parte renascentista ou parte gótica, dependendo do ângulo de visão, tanto que é difícil pensar nele como uma entidade homogênea e não como uma coleção de edifícios interligados individuais.

O condomínio medieval: Eltz

O condomínio medieval: Eltz || Créditos: Getty Images

Alto e imponente, sobre um afloramento rochoso de 700 metros de altura com o rio Elzach serpenteando a seus pés, o Castelo Eltz é sem dúvida o castelo mais atraente da Alemanha. Com oito andares, tornou-se conhecido quando apareceu na parte de trás da antiga nota de 500-Deutschmark. Abençoado com uma existência sem acontecimentos, nunca foi invadido ou violado e permaneceu relativamente intocado. A paz também se refletiu internamente: em 1268, a linha da família Eltz dividia-se em três e cada ramo vivia em uma ala separada, com regras comunais mais próximas de um condomínio moderno. Somente em 1815 a propriedade retornou a um único herdeiro.

A peça final: Hohenzollern

A peça final: Hohenzollern || Créditos: Getty Images

O Castelo de Hohenzollern, no topo de uma colina suave a 30 milhas ao sul de Stuttgart, pertencia à família do Kaiser, mas ainda não era uma fortaleza estratégica. Pelo contrário, o castelo foi destruído duas vezes, passando para o controle austríaco até 1798, o transformando em uma ruína. Com o predomínio dos militares prussianos no século XIX, entretanto, os Hohenzollern precisavam fortalecer seus laços em toda a Alemanha, de modo que construíram sua versão de um castelo medieval como uma peça ancestral. Ninguém da família Kaiser viveu lá, e somente no final da Segunda Guerra Mundial os últimos descendentes de Hohenzollern chegaram da Prússia, fugindo do exército soviético. Construído para parecer fotogênico, não é surpresa que o castelo serviu de cenário em vários filmes, incluindo “Barry Lyndon”, de Stanley Kubrick.

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