A crise financeira provocada pela pandemia chegou com tudo ao Palácio de Buckingham. A queda nas receitas das casas reais é muito maior que o esperado, registrando apenas 10 milhões de libras (cerca de 67 milhões de reais), quando as previsões para 2020 estavam acima dos 110 milhões (737 milhões de reais). Estas perdas estão obrigando a Rainha Elizabeth a dispensar vários integrantes de seu staff, que conta com 1200 funcionários divididos entre Buckingham, o castelo de Windsor, Balmoral e Sandringham. Até agora, 86 pessoas foram demitidas, e mais uma turma deve ser dispensada nas próximas semanas.
Além do surto de Covid-19, o Brexit também causou problemas na economia real, já que os Windsor deixaram de receber fundos agrícolas anuais que vinham de Bruxelas e de outras paragens.
A monarca, que tem uma fortuna pessoal de cerca de 400 milhões de libras (2 bilhões e 680 milhões de reais), se isolou na residência de Sandringham durante a pandemia, com o marido, o príncipe Philip, que, aos 99 anos, está com a saúde muito fragilizada. As decisões contra uma segunda onda de Covid-19, anunciadas recentemente pelo primeiro-ministro Boris Johnson, atingiram Elizabeth, que foi forçada a desistir dos planos de regressar às funções oficiais, em Buckingham.
O casal se prepara para voltar ao Castelo de Windsor, onde passou a primeira parte do confinamento, entre março e julho. As novas medidas do governo, que ameaçam vigorar pelos próximos seis meses, colocam em cheque o número de assistentes diretos da rainha. Espera-se que em dezembro, a rainha e o marido voltem para Sandringham, onde tradicionalmente recebem os membros da família real nas férias de Natal. Mas os festejos também serão afetados pela pandemia. Uma das possibilidades é que o jantar natalino reúna apenas quatro familiares, além de Elizabeth e Philip. Agora fica a dúvida: quem será eleito para comer com a rainha na ocasião? Façam suas apostas!