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Eduardo Escorel assiste ao filme “Últimas Conversas”, de Eduardo Coutinho || Crédito: Glamurama

O “É Tudo Verdade” chegou à sua 20ª edição como o festival de documentários mais importante do Brasil. A opinião é de Eduardo Escorel – diretor e montador de filmes como “Cabra Marcado para Morrer”, de Eduardo Coutinho, “Santiago”, de João Moreira Salles, e “Terra em Transe”, de Glauber Rocha – presente na abertura do “É Tudo Verdade”, na noite desta quinta- feira. Em conversa com Glamurama, Escorel admitiu o crescimento do setor, mas defendeu que ainda é preciso saber conquistar o público.

Por Denise Meira do Amaral

Glamurama: É uma surpresa que o “É Tudo Verdade” tenha chegado à sua 20ª edição?
Eduardo Escorel: Acho que no princípio do festival isso era verdade. Mas ao longo dos anos, o “É Tudo Verdade” se consolidou como o evento de documentários mais importante do Brasil. É uma oportunidade única de ver filmes estrangeiros que muitas vezes você não conseguiria ver no Brasil.

Glamurama: O público cresceu muito nos últimos anos…
Eduardo Escorel: Cresceu, mas a falta de público talvez seja ainda o calcanhar de Aquiles no cinema documentário. Ele ainda tem uma dificuldade muito grande em termos de mercado. Apesar de ter aumentado muito a produção e ser uma vertente importante do cinema nesse sentido, é ainda um gênero que tem muita dificuldade junto ao público. O que, em partes, é natural. O documentário lida por definição com a realidade, e a realidade é meio sombria, meio cinza. Todos nós preferimos o mundo da ilusão.

Glamurama: Por isso os documentários têm se utilizado da ficção? Para ampliar o público?
Eduardo Escorel: Acho que a incorporação da ficção pelo documentário e da superposição de documentário e ficção foi muito enriquecedora. Acho que é uma possibilidade sim de ampliar o seu público.

*

Escorel está finalizando “1937-45 Imagens do Estado Novo”, série documental sobre o período em que Getúlio Vargas governou o Brasil, de 1937 a 1945. O projeto vai virar uma série de cinco documentários, de 50 minutos cada, para televisão, e também para os cinemas, em uma versão reduzida. “1937-45 Imagens do Estado Novo” está sendo feito desde 2003, e tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano.

 

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