O mundo das artes de Paris está em estado de alerta desde as prisões, na semana passada, dos renomados galeristas Laurent Kraemer e Bill Pallot. Ambos são acusados de vender peças falsas apresentadas como raras para vários clientes. A principal acusação diz respeito a duas cadeiras em estilo Luís XV, vendidas em 2009 por Kraemer para o Palácio de Versalhes por € 1,7 milhão (R$ 6,6 milhões), que supostamente seriam de 1769 e, na época do negócio, chegaram a ser declaradas como “tesouro nacional” pelo Ministério da Cultura francês. Um exame técnico, no entanto, indicou que as cadeiras são na verdade cópias feitas recentemente.
O medo generalizado é porque tanto Kraemer quanto Pallot foram denunciados às autoridades em 2012 por um outro galerista de Paris, Charles Hooreman, especialista em mobiliário francês do século 18. Desde então, o Escritório Central de Luta Contra o Tráfico de Bens Culturais, órgão do governo francês, investiga o caso em segredo, e há fortes chances de que novos crimes sejam revelados em breve. (Por Anderson Antunes)