Momentos divertidos estão prestes a começar em ‘A Força do Querer’. Tudo por conta da chegada de Almerinda aka Mere Star, interpretada por Fafá de Belém. Ela é a mãe de Zeca (Marco Pigossi), que abandonou o filho ainda pequeno para ir atrás da carreira de cantora. O reencontro dela com o ex, Abel (Tonico Pereira), vai render muito dramalhão e cenas hilárias. Em entrevista, Fafá lembra de sua participação na novela e avisa que gostaria muito de ganhar um novo papel em breve. Fica a dica!
Como foi participar de ‘A Força do Querer’ em 2017? E como surgiu o convite?
Foi uma surpresa enorme e uma honra participar de uma novela da Gloria Perez. Em parte ambientada na minha terra, com uma pesquisa séria, que usou nossos termos, mostrou o Sírio de Nazaré. Eu fiquei muito, muito feliz. A Glória é uma grande novelista, escreve muito bem. Ela sabe como chegar nas pessoas, como falar com as pessoas, como tocar, como fazer as tramas, e isso é maravilhoso. Quando ela ainda estava escrevendo a sinopse, ela me ligou, porque precisava de informações relativas ao Pará. Eu sou de Belém, do Amazonas, e ela é do Acre. Embora as pessoas achem que a Amazônia é toda igual, ela não é. Nós temos hábitos diferentes, somos uma região que é um país, um continente das águas. Então, ela me ligou para tirar algumas dúvidas. Mandei alguns livros como referência, mas eu nunca imaginei que depois disso eu ganharia uma personagem! Risos.
Pretende rever a chegada de Almerinda à novela?
Estou acompanhando a novela louca para ver a entrada da Almerinda. Estou colada desde que começou a edição especial aguardando a chegada dela. A forma como a novela passa da comédia para o drama é muito boa. A abordagem de temas delicados que fazem parte da sociedade. O núcleo de Parazinho é muito bom, fantástico. Um equilíbrio entre a tensão absoluta e o drama urbano. Estou louca para me ver entrar na novela.
Tem vontade de participar novamente de uma novela?
Adoraria ser convidada de novo. Estou aqui aguardando o convite e o personagem (risos). Eu amei trabalhar com atores fabulosos de quem eu sou fã, como o Tonico Pereira, por exemplo. Ele foi fundamental na ajuda da atuação. E todos eles, fiquei muito amiga de Maria Fernanda Cândido. A Elizangela que é um ídolo meu. Eu quero, estou aguardando o convite. Irei linda, loura, paraense, cabocla. Ou também posso ir de portuguesa (risos).
Como você descreveria a Almerinda/Mere Star?
Almerinda é uma mulher que foi atrás do sonho. E quando voltou encontrou a vida dela totalmente destruída pela raiva ou pelo excesso de amor, ou mesmo pelo machismo do pai do filho dela. É uma mulher exuberante, com personalidade muito forte. Eu adorei. No primeiro encontro com o Tonico, eu falei que podíamos fazer uma dupla tipo Zé Trindade e Violeta Ferraz, que era uma mulher histriônica. Eu pensei muito na Violeta para fazer a Almerinda. Pensei muito em mulheres apaixonadas e decididas que não têm medo de reconstruir a vida delas. Essa é a Almerinda. Claro que tem um pouco de mim dentro dela e um pouco de Almerinda dentro de mim também.
Qual cena foi mais marcante e que gostaria de rever? Por quê?
Com certeza a cena mais marcante é quando ela encontra o filho. Foi a mais emocionante, porque o Marco Pigossi é um ator maravilhoso. E o reencontro deles foi o momento mais importante da novela para mim. Me vi como várias mulheres que reencontram seus filhos pelo mundo.
Pode contar alguma curiosidade das gravações que você lembre com carinho?
Olha, a colaboração de todos os atores, o carinho que eles me receberam, a ajuda com as minhas dúvidas. O que eu lembro com mais carinho é a forma como fui recebida pelo elenco e pela direção. Por todos mesmo. Foi muito bom trabalhar em equipe. Às vezes, o trabalho do cantor pode ser muito solitário, embora eu tenha integração total com a minha equipe, que é também minha família, meus músicos e meus técnicos. Mas em um trabalho que depende do coletivo, você ser abraçada por esse coletivo é muito bom.
Como foi a repercussão de seu personagem na trama? Acha que a repercussão hoje será diferente de 2017?
Entrar em uma novela é muito forte. É incrível o impacto que isso tem nas ruas. É muito interessante, porque eu tenho 45 anos de carreira, e ainda assim senti a força de estar em uma novela. A direção e a Gloria permitiram que eu cantasse músicas do meu álbum recém-lançado naquela época. Foi muito bom também para o CD e para os shows que estávamos fazendo. Tomara que desta vez tenha a mesma repercussão.
Você fez sua primeira live este ano com trilhas de novelas. É noveleira assumida?
Eu nasci na trilha de uma telenovela. Fafá de Belém passa a existir em uma música chamada “Filho da Bahia”, de Walter Queiroz, gravada para a trilha de ‘Gabriela’. Eu saí de Belém e, como todo mundo sabe, eu nunca pensei em ser cantora, apesar de sempre gostar de cantar. Cada vez mais eu acho que a música foi o caminho para me colocar no mundo. Minha amiga mais antiga. Sou noveleira mesmo, desde criança.
Tem algum projeto futuro que queira mencionar?
Eu vou fazer, no dia 23 de dezembro, uma live de Natal para agradecer o ano de trabalho que tivemos, por ter conseguido trazer minha equipe junto num ano tão difícil e complicado. Além de ter como plano tirar férias. Eu espero que daqui a pouco estejamos todos vacinados para podermos nos abraçar, para perdermos o medo de manifestar o afeto e o carinho da forma que nós latinos fazemos.