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Fabrício Boliveira e Camila Pitanga em ‘Juntos a Magia Acontece’ // Divulgação

A morte repentina da matriarca Neuza (Zezé Motta) recai sobre a família Santos. Para André, personagem de Fabrício Boliveira em ‘Juntos a Magia Acontece’, traz à tona rancores que ele sequer imaginava ter provocado, ainda que de forma inconsciente. No drama familiar, que será exibido pela Globo no dia 25, ele deixou a família de lado para estudar e trabalhar com cinema. Ao retornar, encontra a irmã, Vera (Camila Pitanga), profundamente magoada com o que considera ser o reflexo de uma criação distinta, recebida pelos dois na infância. Vera acredita que os pais, Orlando (Milton Gonçalves) e Neuza deram mais liberdade para ele e mais responsabilidades para ela.

Qual a reflexão que o especial aponta?
Acho que é importante a gente pensar na história dessa família brasileira. É inusitado o texto da Cleissa Regina Martins porque é noite de Natal, e o núcleo familiar está falando de si, sobre si… Parece que o Natal ganha outra importância, para além dos festejos e dos presentes. Fica uma tentativa de aproveitar esse momento de transformação, de resoluções de fim de ano. Achei isso um grande apontamento sobre Natal: a partir da morte de uma mãe, a família encara os dilemas internos para virar o ano.

Qual o maior dilema do André?
Estou muito intrigado com essa autora. Ela está apontando coisas muito modernas como tema e pondo em discussão. André é um cara que saiu de casa para estudar e trabalhar com cinema, por isso ele não está muito presente na família. Ele assume que não voltou para casa na última semana, do dia do enterro até a missa, porque não conseguiu lidar com a perda da mãe. Então a questão dele não foi falta de tempo, e ele diz isso para a irmã, expõe uma fragilidade dele… É um caso complicado, de morte, e esse cara ali ainda duro, tentando se resolver sozinho e não com a família.

E você se reconhece de alguma forma no personagem?
Me reconheço nesse lugar do machismo que pode nos deixar meio reféns. Muitos homens simplesmente não conseguem falar de sensibilidade, que é possível pedir ajuda, expor fragilidades… Estou estudando muito sobre masculinidade, querendo rever esse meu lugar de privilégio. Não sou esse cara que não está repensando o mundo. Estamos aqui para rever nossos próximos passos.

Fale de seu reencontro com o Milton Gonçalves
É minha segunda vez trabalhando com ele, sendo filho dele. Fizemos juntos ‘A Favorita’ (2008). Considero uma sorte tê-lo como pai na ficção, ainda mais nesse especial tão cheio de representatividade, em que a imagem dele como Papai Noel tanto nos emociona.

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