Cores, estampas e badulaques mil não só marcam como pautam o guarda-roupa e o estilo pessoal dessa turma, que não liga para o modismo da vez e, menos ainda, para o que pensam dela. Gente ousada, que conquista pela constante extravagância no visual e, claro, talento de sobra. Aqui, Gaby Amarantos, Felipe Veloso, Rogéria e Dudu Bertholini toparam o desafio de aparecer de um jeito nada básico para eles: jeans e camiseta branca
Por Anita Pompeu para revista Joyce Pascowitch de março
Fotos: Zô Guimarães
Gaby Amarantos, cantora
Sobre seu jeito de ser e se vestir- “Meu estilo está muito relacionado à cultura do Norte, à fauna e à flora, aos sabores, cores e frutas do Pará. Uma coisa meio Carmen Miranda.”
Sobre sua maior extravagância fashion – “Já usei até uma burca para ir disfarçada à rua 25 de Março. Mesmo assim, um rapaz logo me reconheceu… pelo bumbum!”
Sobre a época em que pesava 17 quilos a mais – “Sempre usei roupas curtas, body… Botava a gordurinha para fora, sem problema.”
Ao se ver no espelho com o figurino do ensaio – “Estou me sentindo meio pelada, com uma certa vergonha. Uma sensação estranha, que não tenho quando estou usando as minhas roupas…”
Felipe Veloso, stylist
Sobre como virou stylist – “Trabalhei por três anos como primeiro-tenente cirurgião-dentista da Marinha, até que larguei para trabalhar com o teatro, mas logo acabei na moda.”
Sobre seu estilo – “Tenho liberdade de fazer o que gosto, sem compromisso com o ‘estar bonito’ ou o ‘estar na moda’. Mudo o cabelo e a barba porque canso da minha cara e gosto de variar.”
Sobre seu acervo – “Tenho desde uma frente única masculina do Jean Paul Gaultier e um terno de paetês Versace até muitos trajes típicos de países que já visitei.”
Sobre uma enquete na infância – “Quando eu tinha 4 anos, me perguntaram na escola o que eu queria ser quando crescer. Respondi: ‘Inesquecível’.”
Rogéria, atriz
Sobre seu guarda-roupa- “Qualquer coisa entra no meu guarda-roupa, mas salto altíssimo, hoje em dia, não consigo mais usar, especialmente em peça, quando preciso dançar.”
Sobre sua marca pessoal – “A única coisa que não mudo jamais, nem digo o nome, é meu perfume. “Só revelo a marca…”
Sobre sua famosa e autêntica cabeleira – “Estou há uma semana sem lavar a cabeça. Sabe por quê? Porque, se lavasse hoje, ele estaria murchinho. Gosto dele assim, com esse efeito!”
Sobre sua infância – “Quando tinha 12 anos vesti um maiô Catalina preto, tipo de miss, com uma saia amarela e um chapeuzinho. Mas, aos 8, já brincava de Cleópatra.”
Dudu Betholini, estilista
Sobre a liberdade que seu estilo proporciona – “A mesma liberdade que me permite vestir caftã, brincão comprido e sapatilhas é a que me faz poder usar uma camiseta branca na hora que quiser.”
Sobre seu ícone na moda – “Meu ícone de estilo é a Diana Vreeland. Para mim, ela é a maior editora de moda que já existiu. Uma mulher superelegante, com espírito avant garde. Adorava a cor vermelha, estampas de onça…”
Sobre sua maior extravagância fashion – “Acho que todo dia cometo uma extravagância porque vejo a moda também como um veículo de liberdade de expressão, que permite aceitar quem você é e aprimorar seu estilo pessoal a cada dia.”
Sobre o que jamais vestiria – “Não me vejo com um bermudão de surfe. Usei uma única vez na vida em uma viagem a Londrina, porque era a única opção que havia na casa de uns amigos, onde eu estava. Fazia um calor absurdo… e eu de skinny e bota!”