“Pleased to meet you. Hope you guessed my name”. E como não? Na noite dessa quinta-feira, fomos apresentados a Mick Jagger, o maior astro pop vivo – e um dos maiores de todos os tempos. Onde? Na casa dos Monteiro de Carvalho, em Santa Teresa, no Rio. Mesmo lugar onde, reza a lenda, rolou o clima de “paixão” entre ele e Luciana Gimenez, o que resultou em… Lucas Jagger.
A festa estava marcada para as 22h. Na entrada, avisos de “proibido fotografar”. Ganhamos uma pulseirinha com a icônica língua dos Stones e entramos. Nenhum outro veículo de imprensa por lá. Ron Wood chegou cedo. Mick, por volta da meia-noite. Os convidados – cerca de 80 – ficaram em volta de uma das piscinas e um bangalô foi reservado só para os músicos. Nenhum flash foi disparado. Mas quem disse que o cantor queria ficar sentadinho lá?
Novas melhores amigas
Primeiro ele dançou com sua nova melhor amiga, Vanessa da Mata, que conheceu na véspera, no apartamento de Paula Lavigne, em Ipanema, onde rolou roda de samba comandada por nomes como Jorge Ben Jor. A cantora nos contou que o ensinou a sambar na ocasião. A irmã de Vanessa, Sofia Ferreira, mesmo sorriso largo e o mesmo cabelão dela, também estava presente nas duas noites e também ficou bem íntima de Mick, que foi dançar do ladinho, juntinho mesmo da menina, que é quase uma adolescente, toda saltitante. Tinha gente na festa comentando que rolou um clima entre os dois no dia anterior, mas a gente só viu – muita – simpatia mesmo.
Só de sutiã
Mick estava acompanhado de uma negra bonita, gringa, que em determinado momento sentiu calor e tirou a blusa. Sim, ficou só de sutiã. Quando ele foi dançar – até o chão – em uma rodinha de modelettes também muito novinhas – algumas trazidas pelo velho de guerra Serginho Mattos, há 25 anos no mercado -, a amiga se fez ser notada, rebolando em cima dele.
“Mas ninguém dança nessa festa!”
É claro que a gente bateu um papo com Mick. Pra quebrar o gelo, perguntamos se a casa lhe trazia boas memórias [por conta do episódio com Luciana]. Ele sorriu. “Sim, me traz. É um lugar muito legal”. Então a gente quis saber o que o Rio representa pra ele, depois de tanto tempo. “O que eu mais gosto no Rio é essa atmosfera leve e alegre. Parece que tem sempre uma música tocando no ar. Mas ninguém dança nessa festa! Por quê? Tem uma pista lá dentro, em outra parte?”. Ah, se você começar a dançar agora todo mundo vai fazer o mesmo… “Será? Já foi assim. Hoje em dia, não sei não”. Até parece, Mick! Mas o fato é que ele comentou que não estava gostando do set do DJ, todo internacional, apenas mais do mesmo pra ele. Mick queria era repetir a experiência da véspera, com música brasileira pra sacudir o esqueleto.
“Somos sortudos, mas é preciso paciência”
O astro, apesar de todo rock and roll de sua biografia, é muito, muito educado. Um lord de verdade. Fala baixo, dá atenção a quem se aproxima, olha no olho – e segura sua cintura enquanto conversa, viu? Deu até pra brincar com sua fama de pé frio e perguntar se ele tem um time no Brasil. “Se for para escolher um, é o Corinthians”. Se cuida, Timão… Por último, a gente quis saber como os Stones conseguem permanecer tantas décadas juntos, sem rupturas. “Somos sortudos, mas é preciso ter paciência. Esse é o segredo”.
Uma observação? Mick só bebeu… água. Quem mais circulou por lá? Oskar Metsavaht, Helcius Pitanguy, Cadinho, Tuta e Luli Marcondes Ferraz, que fez parte da produção do evento, Alexia e Stephanie Wenk e Paula Bezerra de Mello, além dos organizadores da festa, Alvaro Garnero, Jeffrey Jah e Tonico Monteiro de Carvalho.