O empresário Thiago Castilho, está sendo investigado por um esquema fraudulento que enganou diversas pessoas com promessas de lucros exorbitantes através de criptomoedas. Ainda assim, a reportagem teve acesso a processos cíveis e investigações criminais em Minas Gerais. Castilho, que mostrava um estilo de vida luxuoso nas redes sociais, utilizava palestras como uma forma de atrair vítimas. Além disso cobrava R$30 pelo ingresso e fazia promessas falsas de enriquecimento rápido.
Investigações contra Thiago Castilho revelaram crimes. A Polícia de Minas Gerais recebeu várias denúncias, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apresentou um relatório que ajudou a descobrir a fraude. Além disso, esses documentos comprovaram a prática ilícita contra o Sistema Financeiro Nacional. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) já confirmou a prática criminosa, e processos estão em andamento. Ainda assim, a Advocacia-Geral da União e o Ministério Público Federal também se manifestaram sobre o caso.
De acordo com a CBN, o site da Hopehash, onde ofereciam a criptomoeda, destacava Thiago Castilho como apresentador, conforme o inquérito policial. No site o mostrava como: “empresário há mais de 15 anos, investidor e grande entusiasta de tecnologias em geral, escreveu sua história no ramo de construção civil de alto padrão, através da Elemental Construtora e atualmente se dedica também a implantação do uso de criptomoedas no Brasil, através da corretora de criptomoedas Bittauros. Com basta experiência prática no mercado de criptomoedas, também apoia a implantação da Hopehash no Brasil”.
Pronunciamento de ex-companheira de Thiago Castilho
Contrariando a apresentação convincente que ele fez, sua ex-companheira Letícia Pereira Alves, com quem ele vivia na época dos fatos, deu um depoimento à Polícia revelando outra realidade. Alves declarou que eram companheiros em uma união estável e que têm dois filhos juntos. Além disso, ela afirmou que se separaram há quatro anos e não têm mais contato frequente, com ele vendo os filhos apenas algumas vezes ao ano, geralmente por telefone. Letícia, que é arquiteta e exerce a profissão desde a sua formação em 2011, também mencionou que, em 2012, Thiago trabalhava com construção civil e que ambos realizavam alguns projetos juntos para se sustentar.
De acordo com as informações obtidas, há várias outras vítimas e processos em andamento, incluindo ações cíveis. Sônia Maria Coelho (processo nº 5046720-28.20238.13.0702) entrou com uma ação na Vara Cível de Uberlândia buscando recuperar uma casa que ela alega ter sido adquirida através do golpe. Em uma das suas últimas decisões, o Juiz Ibrahim Fleury Madeira Filho determinou a averbação do imóvel em favor da autora, afirmando que “há fortes indícios de que a autora foi vítima de fraude cometida pelos requeridos”, entre eles está Thiago Castilho.