Por André Rodrigues na Revista Joyce Pascowitch de setembro
Claudia Raia quase não cabe em si. Mulher grande, gestos grandes, olhos grandes, sorriso grande. Corpão tipo deusa, esculpido na academia, com acabamento coreografado nos balés da vida e no trabalho duro – que ela tira de letra e jura não viver sem. Camaleônica e acelerada, parece não parar nunca. Loteou a agenda da semana entre as gravações de “Salve Jorge”, próxima novela das 9 de Glória Perez, na qual vai encarnar, a partir de 22 de outubro, uma vilã daquelas de fazer Odete Roitman parecer uma freira carmelita. Claudia já foi a sex symbol da vez, a humorista da hora, a diva de grandes musicais, a atriz dramática de primeira. Talvez seja por isso que Claudia Raia não caiba em si. “Vou fazer 46 anos e sei que estou incrível para a minha idade. Se eu tenho a minha cara de 20 anos? Não. E graças a Deus! Senão eu seria uma Barbie louca”, contando que sempre foi atleta e que hoje em dia usufrui da vida saudável que sempre teve. “Estou mais espontânea do que nunca e isso é o que me dá o charme, o que me diferencia”, sentencia. Mas se desprende do personagem de diva que a cerca, da postura impecável e vestidos maravilhosos: “Gosto, sim, de brincar. Mas não sou isso. E não é para me fazer de humilde, não. É que eu não acho graça mesmo. É cafona”, diz Claudia.