Geração Z: Estamos caminhando para ser o 1% de profissionais excepcionais, ou os 99% que permanecem no senso comum?

Elon Musk, Steve Jobs e Bill Gates falharam antes do sucesso // Reprodução

por Julia Xavier

A gente passa a vida inteira escutando que precisamos passar no vestibular, que precisamos ser aprovados para um estágio, que precisamos ser efetivados numa empresa. Mas, e quando alguma dessas coisas dá errado? Significa que nossa vida inteira deu errado? Um dos maiores aprendizados que levo do Vale do Silício pra vida é a importância de celebrarmos as falhas. Por que a gente costuma ter medo de tentar algo novo? E se mudarmos esse pensamento para ter receio de não tentar?

Grandes personalidades como Elon Musk, Bill Gates e Steve Jobs falharam diversas vezes, mas não tiveram medo de seguir tentando. Steve Jobs, por exemplo, aos 12 anos ligou para o presidente da HP, Bill Hewlett, para pedir auxílio em um projeto da escola, no qual pretendia fazer um contador de frequências. No caso de Bill Gates, seu software falhou no momento de apresentá-lo na prefeitura de Seattle. Uma das frases que mais escutei na minha viagem, e que fica bem clara nesses exemplos, foi: “Quem não falha, não inova”. Ou seja, eles sabiam que tinham a chance de receber um não,  de tudo dar errado, mas sabiam também que sem isso não alcançariam seus objetivos.

Mas afinal, como nós, jovens, podemos começar a desenvolver este pensamento? O primeiro passo é entender que a inovação normalmente vem de perguntas e não de respostas. Vem de olhar para algo que já existe e pensar: será que tem uma forma de melhorar isso, de transformar?

Pego o gancho do ‘melhorar algo’ para contar outra coisa que levo para a minha vida: é interessante desenvolvermos um mindset exponencial, ou seja, em vez de pensar como podemos melhorar o mundo 10%, pensar em como melhorar o mundo em 10 vezes! Claro que tudo isso é um processo, não acordamos da noite pro dia apaixonados pelas falhas. Mas aos poucos, podemos nos acostumar a entender que sem elas certamente não alcançaremos a linha de chegada.

Meus amigos sabem que amo falar sobre o famoso “frio na barriga”, e mais do que falar sobre, adoro senti-lo! Coincidentemente, no Vale os palestrantes nos disseram muito sobre a importância de sentirmos esse friozinho na barriga no nosso trabalho. Afinal, essa sensação normalmente vem de algo incerto que ainda pode nos trazer lindos frutos. Portanto, se quando adentrarmos o mercado de trabalho ou abrirmos nossas próprias empresas não tivermos esse sentimento dentro de nós, devemos parar e refletir: estamos caminhando para ser o 1% de profissionais excepcionais, ou o 99% que permanece no senso comum? (Julia Xavier é estudante de Publicidade e Propaganda, e passou a se interessar pelo universo das startups, da inovação e do empreendedorismo após viagem ao Vale do Silício).

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