Salvador, Vila de Santo André, Trancoso…Os spots mais disputados para curtir as festas de Réveillon na Bahia estão na mira do governo do Estado. Nesta quinta-feira, o governador Rui Costa afirmou que o governo fará um “monitoramento rigoroso” até nas redes sociais para flagrar estabelecimentos que promovam aglomeração nesse período: “Não será permitida nenhuma festa de final de ano em dezembro. Isso não será permitido e a polícia atuará preventivamente”, disse o político.
A primeira polêmica surgiu depois que os 800 moradores da Vila de Santo André denunciaram o evento Réveillon da Vila, que contempla seis festas entre 27 de dezembro e 2 de janeiro, no Beach Club da Vila, um espaço de 4.000 metros quadrados, que deve reunir cerca de 600 pessoas por noite. O medo da Associação de Moradores da vila é a propagação da Covid-19 no local. A organização do evento se defendeu afirmando em comunicado que segue com rigor todas as regulamentações, liberações e fiscalizações que se julgarem necessárias. Até o momento, o Réveillon da Vila segue confirmado.
Já em Trancoso, a agência Haute e a Festa do Taípe informaram também por meio de um comunicado oficial que não farão as tradicionais festas que movimentam o lugar há 20 anos: “A Festa do Taipe e Agência Haute vem esclarecer que ainda que nos respaldássemos no Decreto Municipal de Porto Seguro ou mesmo acrescentando outras medidas preventivas, como a testagem universal em nosso público como medidas preventivas, decidimos adiar os eventos este ano em Trancoso diante da situação atual, indo de encontro ao bom senso, entendendo que neste momento a questão transcende a realização ou não de eventos”, afirmou a organização. A assessoria de imprensa da Haute afirma que a empresa não tinha lançado as festas e que decidiu cancelar os agitos, que voltarão apenas em 2022.
Mas, o burburinho que rola é que ingressos para agitos em Trancoso foram vendidos, principalmente via WhatsApp, e que os pacotes chegaram a custar R$ 7 mil. Agora é esperar para saber quais festas vão acontecer – ou não – por lá.
O governo da Bahia afirmou que já está fazendo o monitoramento: “Já estamos cientes de algumas festas anunciadas que serão monitoradas, notificadas e, se insistirem em fazer, interrompidas”, garantiu Rui, que completou: “A vida humana é mais importante que o faturamento da festa. É melhor ficar sem as festas do fim de ano do que ficar sem emprego, já que uma maior contaminação por causa disso pode ocorrer restrições no comércio e em estabelecimentos. Para os baianos, eu digo que não comprem ingresso de festa porque vai perder o dinheiro e a festa não vai acontecer”, concluiu o governador.