O clima no quartel general do Uber em San Francisco, na Califórnia, é de total incerteza. Tudo por conta da escolha feita pelo conselho da empresa pelo nome de Dara Khosrowshahi, atual Expedia, para ocupar o cargo de CEO do aplicativo, que estava vago desde a saída forçada de Travis Kalanick, em junho. Além de ainda não ter confirmado se vai aceitar ou não o métier, Dara é tido como um executivo de personalidade forte que não mede as palavras na hora de dizer o que pensa e, ainda mais preocupante, adepto de uma cultura de cortes extremos de gastos.
O comentário, aliás, é que uma das primeiras medidas dele como eventual chefão do Uber seria colocar um freio no projeto de construção da nova sede de 11 andares da startup do setor de tecnologia mais valorizada do planeta, algo que consumirá centenas de milhões de dólares. Os mais otimistas, no entanto, preferem focar nas qualidades mais conhecidas de Dara, como o fato de que ele é obcecado por inteligência artificial e controla toda as suas casas e até seus locais de trabalho com modernos sistemas de comando de voz. (Por Anderson Antunes)