Entra em vigor na França lei que proíbe magreza excessiva nas passarelas

Desfile Haider Ackermann durante a semana de moda de Paris em março deste ano || Créditos: Getty Images

E a revolução fashion francesa continua! Um dia depois da França anunciar que marcas e publicações de todos os tipos sediadas no país serão obrigadas, a partir de 1º de outubro, a avisar seus clientes e leitores sobre qualquer alteração nas imagens de modelos feitas por meio do Photoshop, o país vem com mais uma nesta quarta-feira. Entrou finalmente em vigor uma lei aprovada pela Assembleia Nacional em 2015 que proíbe modelos que estejam com a saúde comprometida por causa de seu peso de participar de desfiles das semanas de moda.

Com a lei, as modelos terão que apresentar atestado médico para provar que estão saudáveis o suficiente para trabalhar. Para tal, médicos devem levar em conta peso, idade e medidas corporais. O IMC (índice de massa corporal) das garotas também será avaliado, ainda que este não seja um fator decisivo.

Sobre a nova lei, a ministra francesa de Assuntos Sociais e Saude Marisol Touraine falou em comunicado oficial: “A exposição de pessoas jovens a imagens normativas e irrealistas de corpos leva a um sentimento de auto-depreciação e baixa auto-estima que pode afetar o comportamento relacionado com a saúde”. O empresário que quebrá-la poderá ser multado em até 75 mil euros (R$ 260 mil) e enfrentar seis meses de prisão.

Em tempo: a anorexia afeta de 30 a 40 mil pessoas na França, sendo 90% mulheres.

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