Entenda porque Hollywood assumiu um papel de coadjuvante nas eleições presidenciais desse ano nos EUA

Donald Trump e Joe Biden: entre escolher um ou outro, celebs de Hollywood preferem defender o incentivar o voto || Créditos: Reprodução

Já reparou que o número de celebridades americanas que declaram apoio a candidatos nas eleições presidenciais desse ano nos Estados Unidos é bem menor do que em outros pleitos? Apesar de que algumas ainda fazem isso sem o menor problema – e, em sua esmagadora maioria, para ajudar a campanha do democrata Joe Biden – é possível dizer que o poder de cabo eleitoral que os grandes nomes de Hollywood tiveram em um passado recente meio que diminuiu – apesar de que ainda está longe de ser pouco importante e muito menos cobiçado.

Um dos motivos por trás desse “fenômeno” tem a ver com a polarização política dos últimos anos, que resultou na vilanização de astros em estrelas dos EUA antes vistos como verdadeiros ícones pelos eleitores do país, e que agora os enxergam simplesmente como “representantes das elites”. E parte desse sentimento foi alimentado pelo atual presidente americano e candidato à reeleição no cargo, Donald Trump, que antes de conquistar a Casa Branca era apenas mais um deles.

Trump, que durante anos bebeu nas fontes hollywoodianas e jamais teria chegado aonde chegou não fosse por ter estrelado o reality show “O Aprendiz”, responsável por torná-lo um astro da telinha nos EUA, escolheu três inimigos para atacar em sua primeira corrida pela presidência. E um deles foi Hollywood, sendo que os outros dois foram a mídia e os estrangeiros. Deu certo, e ao mesmo tempo a meca do cinema e da televisão se viu obrigada a repensar seus posicionamentos políticos futuros.

Sob o risco de se tornar palco de novos Trumps, e também ciente de que seu apoio em tempos tão difíceis podem ser como a kriptonita para o Super-Homem, os bambambãs do showbiz americano decidiram assumir um papel de coadjuvantes em 2020, fazendo campanhas pelo voto (que nos EUA não é obrigatório) sem necessariamente defender esse ou aquele candidato. É certo que isso é momentâneo, e ainda mais se Biden, que é simpático a eles, for eleito. Resta saber se Trump tem um segundo ato pronto para ser encenado. (Por Anderson Antunes)

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