Imagina construir um castelo à imagem e semelhança dos mais bonitos e antigos da França e ser obrigado a demolir a residência dos sonhos pouco tempo depois de inaugurá-la? É exatamente por isso que passa o desenvolvedor imobiliário francês Patrick Diter, que pouco tempo atrás comprou um terreno na cidade de Grasse, no sul do país, para erguer uma propriedade de inspiração renascentista que batizou de Château Diter justamente pra lhe conferir um ar de antiguidade.
O problema é que, de acordo com as autoridades de lá, Diter fez tudo isso sem as devidas autorizações, e por conta do suposto jeitinho ele acaba de receber uma ordem judicial para colocar o pied-à-terre com 18 suítes “na chon”, caso contrário corre o risco de ter que pagar uma multa € 200 mil (R$ 866 mil) se não o fizer no fim de um prazo que expira em 18 meses. A partir daí, uma nova punição de € 500 (R$ 2.165) será aplicada para cada dia de deadline estourada.
Diter, por sua vez, garante nos papeis da ação relativa ao imbróglio que fez tudo de acordo com as leis de Grasse, e cita os mais de € 57 milhões (R$ 246,8 milhões) que gastou para tirar o château que leva seu nome do papel com um bom motivo para mantê-lo em pé. Tivesse o empresário ouvido o conselho de Monica, sua mulher, a dor de cabeça não seria tão grande: antes de embarcar na obra faraônica, tudo que ela queria era uma casinha para chamar de sua na região da Toscana. (Por Anderson Antunes)