Uma festa comandada por Jorge Elias não é apenas uma festa. O arquiteto é conhecido tanto por seus projetos que fogem do óbvio quanto pela veia festeira que o acompanha há anos. Não à toa, sua tradicional comemoração de fim de ano é esperada com anseio por boa parte do high society paulistano, que se reuniu em peso na casa dele no Jardim Europa nesse sábado exatamente para isso. Desta vez, o get together teve um tom de “junto e misturado”: Jorge pela primeira vez recebeu apoiadores e deixou a noite de gala com tom mais leve – até mesmo o tradicional summer tie, traje usado pelos homens, parecia menos formal que de costume.
O jardim interno da casa recebeu um palco e foi ali que aconteceram as diversas apresentações da noite, que começou com cantores de ópera nas janelas do segundo andar. Logo em seguida, Jorge subiu ao palco e, um pouco nervoso, cantou “Fera Ferida”, acompanhado de orquestra. Teve ainda a ajuda da filha, Manuela Elias, que se juntou a ele para terminar a música. Antes de sair, ao pé do ouvido, disse. “Não tem a mãe, mas tem a filha”… e desceu!
A frase ouvida por quem estava no gargarejo faz sentido ao lembrar que Jorge se separou da mulher, Lucila, em julho após alguns dias de férias em Capri, e esta é a primeira festa sem a ex-mulher ao lado. Os amigos mais próximos não tocaram no assunto. Tania Derani se emocionou com a participação de Jorge como cantor, que logo em seguida emendou a música “Chiquita Bacana”, com direito a colar havaiano e rapazes semi-nus, só com a roupa de baixo e diversas bananas de plástico sobrepostas, uma espécie de tanga tropical. Ui, ui, ui…
Logo em seguida entraram baianas à caráter, que se misturaram a malabaristas em perna de pau e a Orchestra Santa Massa, de Recife – que participou do encerramento das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Os mais de 400 convidados foram ao delírio. Dançavam como se não houvesse amanhã. Entre as mais elegantes – e animadas! – estavam Dani Barros Verdi com vestido criado pela irmã, a estilista Cris Barros, Nathalie Rumpf de Chanel dos pés à cabeça, Didi Wagner, Lilly Sarti, Adriana Bittencourt, a advogada Carolina Ranieri Amorim e Carol Celico.
A decoração deu o tom “pé no chão” que Jorge queria mostrar. Entre a barraquinha de pastel, coxinha e pão de queijo era possível dar de cara com bolas de plástico coloridas compradas por R$15 reais cada no semáforo. “Não ficou o máximo? Era essa mistura que queria. Ninguém jamais imaginou que essas bolas pudessem estar numa festa como essa”, contou Jorge, que instalou uma delas bem abaixo de uma escultura de Alexander Calder.
O champanhe, inclusive, era servido em copo baixo e com gelo. “Nunca gostei daquelas taças. Esse jeito é melhor, é muito mais refrescante”, explicava o arquiteto, que bebericou uísque a noite toda.
Quem não ficou só no petisco aproveitou a exuberante mesa de jantar, com buffet assinado pela Cucina Gastronomia. A noite foi regada a dois tipos de caviar, blinis, creme azedo e salmão defumado. E também caponata com abobrinha, torradas ao alecrim, Vitello Tonnato e peça de pernil suíno assado na cerveja e limão servido com molho especial. Para os mais clássicos, uma imensa peça de mortadela era fatiada na hora e servida com limão. Polenta cremosa, ragu de cogumelos e penne ao pomodoro fresco complementavam a ceia. Com bar de drinks clássicos, como o gim tônica, a festa foi ganhando força e por volta das 3 da manhã já estava pegando fogo, literalmente.
No palco, a banda Heartbreakers, seguida pela apresentação da Havana Brasil e, por fim, sambinha feito ao vivo pela turma do Acadêmicos do Baixo Augusta. “Estou muito feliz. Quero começar o ano que vem mais leve, essa festa é o reflexo de que dias melhores estão por vir”, disse o anfitrião entre um passo de dança e outro.
Até uma banda de forró fez o high bater os pés no chão. De uma forma ousada e nada convencional, Jorge mostrou que mesmo em situações tão adversas, comemorar é preciso. “Que 2017 nos aguarde!”, finalizou o anfitrião. (Por Matheus Evangelista)
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