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Aeroplane flying at speed across a stunning sunset
transporte aéreo durante a pandemia / Crédito: Getty

A pandemia do novo Coronavírus provocou uma crise global sem precedentes no setor de turismo e as companhias aéreas não conseguiram se desvencilhar do problema. E o que salvou a vida financeira de muitas dessas empresas foram dois itens inusitados: o transporte de botox, queijo, além de cargas perecíveis bem inusitadas.

Glamurama explica: Pensando em como melhorar o cenário caótico – redução drástica de voos e queda do faturamento -, o que começou como voos dedicados para transportar equipamentos de proteção individual e outros itens médicos no início da pandemia, se expandiu. As companhias aéreas têm redistribuído suas aeronaves para ajudar a entregar produtos variados, como roupas, eletrônicos, peixes e produtos farmacêuticos e estéticos, como é o caso do botox, que praticamente triplicou a demanda durante a quarentena, em especial nos Estados Unidos.

A “CNBC” entrevistou Alex Motamedi, gerente geral da La Espanola Meats, empresa localizada em Harbor City, Califórnia, especializada na venda de presunto espanhol, queijo, doces e produtos alimentícios para o mundo inteiro, que declarou: “Estávamos tão desesperados que pegamos qualquer coisa para transportar. Certos itens estão chegando um mês depois do normal e os custos do frete aéreo dobraram em alguns casos. Esses itens perecíveis geralmente chegam por via aérea para que não estraguem”, contou o empresário.

A raiz do problema nas cias aéreas está justamente na queda das viagens com passageiros durante a pandemia,  tirando do mercado a capacidade de transportar carga aérea e elevando os preços em geral. Para ter ideia, as viagens aéreas internacionais caíram quase 90% em setembro de 2020 em relação ao ano anterior, de acordo com a International Air Transport Association, grupo comercial cujos membros operam a maior parte da capacidade aérea do mundo, a United, a Delta e a American começaram, neste ano, a fazer voos somente de carga. Importante ressaltar que as três empresas já tinham negócios nessa área, mas as mercadorias geralmente são transportadas em voos com passageiros. E como cerca de metade da demanda mundial de frete aéreo é atendida pelo espaço no bagageiro dos aviões comerciais, isso significa que um voo de férias para qualquer país podia ser compartilhado com produtos como queijo feta ou bacalhau. E pelo jeito, nem na crise do Coronavírus o botox pode parar…

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