Essa é pra deixar os influencers e algumas estrelas das passarelas com as antenas ligadas: é cada vez maior a quantidade de marcas, principalmente as de moda, que recorrem aos serviços de modelos eletrônicas ao invés de gente de carne e osso. Um exemplo dessa nova tendência é a “it girl” fictícia Miquela, que recentemente anunciou produtos da Prada e da Proenza Schouler em sua conta no Instagram, onde está se aproximando do número mágico de um milhão de seguidores.
Há ainda o caso da autointitulada “primeira supermodelo digital do mundo”, a Shudu Gram, que em fevereiro apareceu até em uma das postagens do Insta oficial da Fenty Beauty, a marca de cosméticos de Rihanna em parceria com o conglomerado francês LVMH. Ambas só existem no universo das redes sociais, sendo que a última é cria do fotógrafo britânico Cameron-James Wilson, uma espécie de John Casablancas das tops virtuais.
Mas Miquela é, sem dúvida nenhuma, a Gisele Bündchen da categoria: além dos clientes hypados, ela tem single no Spotify (“Not Mine”) e apoia causas sociais famosas como a Black Lives Matter e a Black Girls Code, que patrocina os estudos de garotas afro-americanas em instituições de ensino especializadas em educação tecnológica, como o Massachusetts Institute of Technology e a Stanford University, ambas dos Estados Unidos.
Segundo a BBC, são várias as vantagens de se contratar as “digimodels”, a começar pelo cachê bem menor delas. Isso sem falar que graças aos avanços da inteligência artificial não deve demorar muito para que surjam suas respectivas versões em robôs. Como nem tudo é avanço, o lado ruim é que já existem vídeos por aí de modelos virtuais se passando por celebs, inclusive pornográficos, e anunciando produtos de gosto duvidoso. Será esse o fim dos tempos ou é só o começo de uma nova era? (Por Anderson Antunes)