A Avon, o Instituto Avon e a ONU Mulheres reuniram mais de 100 representantes de empresas em São Paulo, na manha desta quinta-feira, para lançar uma Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma aliança com o objetivo de engajar líderes do setor privado e garantir o compromisso voluntário com o fim da violência contra mulheres e meninas. Diante do reconhecimento de que as desigualdades enfrentadas pelas mulheres demandam esforços dentro e fora das empresas, a ação vai atuar alinhada com os Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres e do Pacto Global, e em contribuição à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, especialmente o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5 – alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres. Entre as empresas convidadas, Joyce Pascowitch representou o Grupo Glamurama.
Entre as ações da coalizão estão previstas adesão aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, engajamento pessoal da liderança empresarial para a realização de ações, atividades de formação e capacitação para o enfrentamento de diversas formas de violência contra as mulheres, desenvolvimento e implementação de políticas e procedimentos internos contra assédio sexual nas empresas, ambiente de trabalho seguro para funcionárias e colaboradoras vítimas de violência, promoção de campanhas de comunicação e conscientização para o enfrentamento da violência contra as mulheres e compartilhamento de resultados.
O Instituto Avon, que já atua há mais de uma década com o tema, coordenará o desenvolvimento de um plano de ações efetivas dividido em três etapas: treinamentos e capacitação; políticas internas e procedimentos de acolhimento e apoio às vítimas; e comunicação, com a elaboração de materiais para campanhas de conscientização, mobilização e engajamento do público interno.
“Nossa intenção é promover a participação massiva dos líderes para firmar uma aliança, com planos efetivos e concretos para o enfrentamento à violência contra mulheres e meninas, que vai desde o treinamento, capacitação e comunicação para conscientização interna até a garantia de um ambiente de trabalho seguro para que funcionárias, vítimas de violência, tenham acesso ao suporte e apoio necessários dentro ou fora das dependências da empresa. Estamos nos valendo do poder de mudança das empresas e de Executivos para coordenar esforços neste tema e transformar vidas”, comenta José Vicente Marino, presidente da Avon.
Para a representante interina da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino, “os efeitos que as situações de violência vividas nos ambientes laboral, incluindo assédio sexual e moral, e doméstico também afetam significativamente a produtividade das mulheres vítimas, aumentando a urgência de compromisso das empresas com o tema. Seja pelo seu papel no cumprimento dos ODS e agenda de direitos humanos das mulheres, como também uma questão de negócios, já que deixam de contar com pleno potencial das suas trabalhadoras”. Querino destaca, ainda, que a Coalização Empresarial pelo Fim da Violência contra as Mulheres “é boa para o Brasil, um dos países com altíssimos índices de violência contra as mulheres e marcadamente desigual nas questões de gênero e raça, por que tem o potencial de trazer o debate e ações concretas de prevenção às violências contra as mulheres para dentro das empresas, com um olhar que pode incluir não somente uma autoavaliação sobre as políticas empresariais de enfrentamento à violência e ao assédio no local de trabalho, mas também o investimento na transformação da cultura organizacional em busca de espaços mais seguros e equitativos para as mulheres”.