Alexandra Martins está há quatro meses em quarentena ao lado do marido Antnio Fagundes e, assim como grande parte da população, na expectativa para retomar os projetos que tiveram que ser adiados por conta da pandemia do novo coronavírus. Assim que tudo passar, ela garante que a peça ‘Baixa Terapia’, sucesso nacional e internacional, enfim vai estrear no Rio de Janeiro, além de estar trabalhando em projetos para o cinema e programa para televisão, meio que ela quer voltar a atuar, principalmente ao acompanhar o sucesso da reprise de “Fina Estampa”, de 2011, em que interpretou Marcia, o braço direito dos personagens Paulo (Dan Stulbach) e Esther (Julia Lemmertz) na Fio Carioca. Para saber mais, dá uma espiada na entrevista com a atriz e produtora.
Como está lidando com esse período de isolamento social?
AM: Estou muito, muito triste com o que está acontecendo no mundo, com o que está acontecendo no nosso tão sofrido e massacrado Brasil e com o nosso povo já tão exaurido. Tudo isso me consome. Mas trazendo para o lado pessoal, para minha rotina, posso dizer que lido de uma maneira extremamente positiva. Venho de três anos de trabalho muito pesado com uma rotina enlouquecida. Eu não conseguia ficar em casa. Agora, nesses últimos quatro meses, consegui dar atenção para coisas da minha vida e necessidades da minha casa de uma maneira única. Sou sem dúvida mais uma vez muito privilegiada. Posso ficar em casa e estou fazendo isso com muita serenidade. Tenho no meu marido essa parceria e estamos aproveitando como podemos.
Tem algum projeto para depois da quarentena que possa adiantar?
AM: Sim! A pandemia interrompeu um projeto muito especial que estamos vivendo desde 2017. Estávamos em cartaz com a comédia Baixa Terapia que estrearia em maio no Rio de Janeiro, no teatro Clara Nunes. Viemos de nossas temporadas nacional e internacional de muito sucesso, com cerca de 300 mil espectadores. A maior ansiedade é pela nossa estreia aqui na cidade. Tenho também um projeto para o cinema como produtora e atriz ainda em fase embrionária. Neste momento, estou desenvolvendo junto com a diretora Rachel Câmara um projeto muito bacana de um programa que juntará literatura, dramaturgia e entrevistas, mas ainda sem data de estreia. E, claro, estou na expectativa pela volta pra TV.
Qual a importância de Fina Estampa em sua carreira?
AM: Fazer ‘Fina Estampa’ foi uma delícia. Uma novela divertida e impactante, com um texto irônico e forte de Aguinaldo Silva, direção de Wolf Maya e um elenco e equipe de feras. A Márcia era uma personagem que trazia Esther (Julia Lemmertz) e Paulo (Dan Stubach) à realidade. É aquele tipo de funcionária que já ultrapassou a barreira profissional e passou a ser amiga. ‘Fina Estampa’ foi muito importante para começar a solidificar minha carreira na TV. Foi também a primeira vez que estive no elenco fixo de uma novela das nove. A força que tem esse produto aproxima o ator do público de uma forma ímpar.
Você está conseguindo rever a novela? O que está achando?
AM: Sim, estou revendo! É um misto de sensações. Tem cenas que adoro e outras que tenho vontade de sumir (risos). Faz parte da nossa vida. Meu lado vaidoso adora os figurinos, o frescor e o corpinho da Márcia.
Que momento das gravações você lembra com mais carinho?
AM: Todo trabalho me traz sempre muitas recordações gostosas. Sou uma privilegiada, uma felizarda por poder exercer essa profissão que tanto amo. Por ter a oportunidade de trabalhar com a qualidade de produção, direção e dramaturgia que temos aqui. Cada experiência só soma e tem seu lugar especial no meu coração.
Quem você conheceu na novela, ou que você tenha estreitado laços nesse trabalho, que você levou para a vida?
AM: Trouxe pra vida uma linda amizade com a Julinha (Lemmertz). Além de ser uma atriz excepcional é uma das pessoas mais doces que conheço.