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Supla e Joyce Pascowitch / Crédito: Instagram

Aos 54 anos, Supla segue sendo uma das figuras mais queridas – e performáticas – do Brasil. Nascido em berço de ouro e filho dos políticos Marta e Eduardo Suplicy, ele sempre esteve na contramão, fiel a seu estilo e sua música, mas nem por isso deixa de colocar seu protesto naquilo que escreve. “Como filho de políticos, pego rebarba de muita coisa. Mas ao mesmo tempo sei que isso me ajudou em muita coisa, abriu várias portas, e muitas também se fecharam. Só que ao longo da minha carreira, desses 34 anos de vida pública, sempre soube conviver bem com isso, de certa forma”, disse Supla a Joyce Pascowitch, na live desta quarta-feira.

“Nunca entrei na política, mas faço a própria política nas minhas letras, nas minhas músicas, e não fico cagando regra na internet, mas se me perguntam alguma coisa, não vou tirar minha bunda da seringa”, continua Supla.

Sobre os pais, ele conta que tem uma ótima relação e agradece pela criação que teve: “Sou muito grato aos meus pais pela educação que me deram, no sentido de ter empatia pelos outros, pensar no coletivo. Isso foi o mais importante”. Quando Marta e Eduardo se separaram, foi uma comoção nacional e Supla lembra de como se sentiu: “Fiquei puto, fiquei triste, mas queria a felicidade da minha mãe, que foi quem quis separar. A vida é uma só, você tem que estar com quem te faz feliz. Fiquei bravo na época, mas depois pensei ‘cala a boca e apoia sua mãe’.”

E quando o assunto é carreira e vida pessoal, o cantor se diz orgulhoso com o que conquistou: “Apesar da minha família ter dinheiro, me sustento com meu trabalho há 34 anos. Meu apartamento, meu carro, minha moto, comprei tudo com meu dinheiro e me orgulho muito disso. Não sou uma pessoa que precisa de muito pra viver. Não tenho filhos… tenho meus sobrinhos. Ainda tá em tempo de ter filho, mas acho que estou muito velho pra isso. Deixa correr.”

“Já passei por três ‘come backs’ na carreira. O começo, com Tókio na década de 1980, que foi um estouro, uma coisa super moderna… aí larguei tudo e fiquei sete anos fora do Brasil, por escolha própria. Fui entregar pizza. Só não fiz trabalho sexual (risos). Eu era um cara muito bonito e andava todo vestido de couro no West Side em Nova York, e os caras vinham atrás de mim e falavam ‘can I suck your cock’ (risos). E eu falava ‘Me desculpa, meu, mas tô de boa…’. Teve a Casa dos Artistas, que foi quase uma reinvenção, depois Brothers of Brazil, com meu irmão o João, misturando punk e bossa nova. Aliás, João Gilberto merecia uma estátua. Se o Dória ou alguém estiver vendo, acho que tinha que fazer em São Paulo, assim como do Erasmo e do Roberto Carlos.”

A seguir, confira a live íntegra e divirta-se!

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