Em homenagem a Tom Wolfe, que morreu esta semana, Glamurama lista os 5 livros mais icônicos do escritor

Tom Wolfe || Créditos: Getty Images

Dizer que Tom Wolfe mudou a vida de muitos leitores é um eufemismo. Craque das letras, ele praticamente criou o “Novo Jornalismo”, um estilo que surgiu nos anos 1960 nos Estados Unidos e que consiste no uso de certos atributos literários no relato de fatos pela imprensa. Mas foi como escritor que o americano nascido em Richmond, na Virginia conquistou a base de fãs que se manteve fiel a ele ao longo de suas quase seis décadas de muitos e inesquecíveis lançamentos.

Em homenagem a Wolfe – que morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, no apartamento onde morava em Manhattan -, Glamurama lista os 5 trabalhos mais icônicos da carreira dele. (Por Anderson Antunes)

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“O Teste do Ácido do Refresco Elétrico”

Publicado por Wolfe em 1968, o livro é considerado um clássico e o maior exemplo do “Novo Jornalismo” que o escritor ajudou a popularizar na época. Trata-se basicamente de um relato em terceira pessoa sobre as experiências de Ken Kesey, figurão da contracultura pop daqueles tempos, com seus seguidores, conhecidos como Merry Pranksters. Kesey e companhia eram famosos pelo uso de LSD e outras drogas sintéticas como instrumento para abrir as portas da mente.

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“Radical Chic & Mau-Mauing the Flak Catchers”

Quarto livro de Wolfe foi publicado em 1970 e contém um olhar mais elaborado sobre dois artigos que ele havia assinado para a revista “New York”, intitulados “These Radical Chic Evenings”, sobre um encontro organizado pelo maestro Leonard Bernstein com membros dos Black Panthers, e “Mau-Mauing the Flak Catchers”, que aborda questões que hoje em dia estão mais em alta do que nunca: a intolerância racial e a ideia de que nascer branco em um mundo ainda tão racista pode ser uma transgressão contra o resto da humanidade. A expressão “radical chic”, mencionada no título do primeiro, nasceu daí.

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“The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby”

Mais um título enorme para outro livro de Wolfe que fez história, publicado em 1965. Coletânea de artigos dele, foi nomeado em homenagem a um artigo que escreveu para a revista “Esquire”, em 1963, e intitulado – preparem-se! – “There Goes (Varoom! Varoom!) That Kandy-Kolored (Thphhhhhh!) Tangerine-Flake Streamline Baby (Rahghhh!) Around the Bend (Brummmmmmmmmmmmmmm)…”. Outro exemplo do “Novo Jornalismo”, cheio de onomatopeias, de letras maiúsculas e de palavras em itálico, pontos de exclamação e outras coisas pouco usadas em textos até então.

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“The Right Stuff” (“Os Eleitos”)

Para muitos, o grande hit de Wolfe. Publicado em 1979, foca nas vidas e nos problemas pessoais de cada um dos astronautas do “Mercury Seven”, o time de sete selecionados pela NASA no fim dos anos 1950 para o projeto Mercury, que tinha como objetivo preparar a tecnologia que eventualmente levaria o homem à Lua. O livro foi adaptado em 1983 para a telona, sob a batuta de Philip Kaufman, e acabou recebendo oito indicações ao Oscar. Vencedor de quatro estatuetas, também é tido como um dos melhores longas do século 20.

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“A Fogueira das Vaidades”

Primeira peça de ficção assinada por Wolfe foi publicada em 1987 e é provavelmente o livro mais famoso dele. Um sucesso comercial e de crítica sem precedentes, conta a história com pitadas de humor negro e de sátira de um magnata de Wall Street que, ao ir visitar a amante, acaba indo parar no Bronx, se envolve em um acidente e conhece um jornalista que poderá mudar sua vida para sempre. Também ganhou uma adaptação para o cinema, com o mesmo título e estrelada por Tom Hanks, com direção de Brian De Palma, porém não agradou tantos cinéfilos quanto “Os Eleitos”. A obra original, no entanto, é leitura obrigatória.

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