Kate Winslet fez um “mea cupla” em uma entrevista que deu para a “Vanity Fair” nessa semana. À revista americana, a atriz britânica disse que se arrepende amargamente de ter topado trabalhar com Woody Allen e Roman Polanski no passado, lembrando que ambos se tornaram alvos de acusações de abuso sexual bem antes do surgimento do #MeToo. “Acho inacreditável que esses dois tenham conseguido manter suas reputações intactas e em alta durante tanto tempo na indústria de cinema”, Winslet, de 44 anos, declarou no bate papo. “E por vezes me pego pensando o que eu tinha na cabeça quando trabalhei com eles”, completou a vencedora do Oscar por “O Leitor”.
Assumindo total responsabilidade por suas escolhas de ontem e de hoje, Winslet afirmou que não tem o poder de voltar o relógio a fim de mudar o que fez, mas pode usar o arrependimento que sente nesse caso para evitar novas pisadas de bola no futuro. “A única opção que me resta é ser verdadeira sobre tudo isso”, ela explicou. Dirigida por Polanski em “Carnage”, um filme de 2011 baseado no romance “God of Carnage”, de Yasmina Reza, e por Allen em “Roda Gigante”, de 2017, Winslet foi bastante elogiada por sua performance nas duas produções.
A propósito, a estrela aproveitou sua conversa com a VF para enviar um recado aos fãs que a redescobriram em “Contágio”, o suspense de 2011 dirigo por Steven Soderbergh sobre uma pandemia global que voltou a bombar nas plataformas de streaming. “Parem de assistir isso, é assustador [nesse momento]!”, sugeriu a mulher de Ned Rocknroll, em seguida mencionando outro de seus papeis famosos – o de Rose em “Titanic” – e [ALERTA DE SPOILER!] dizendo que seu par romântico no filme revivido em 2017 (e interpretado por Leonardo DiCaprio) deveria ter “se esforçado mais para subir naquela porta…”. (Por Anderson Antunes)