As instituições de arte do Brasil estão assumindo papeis mais amplos em ano eleitoral ao trazer para seus espaços mostras com contextos que se referem à sociedade e sua relação com a política. O Instituto Tomie Ohtake, por exemplo, inaugura no dia 4 de setembro “AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar”, exposição que discute o prejuízo para o imaginário cultural do país na época com a limitação dos direitos democráticos. Isso no ano em que o Ato Institucional No. 5 completa cinco décadas.
Já o Conjunto Nacional, inaugurou nessa quinta-feira, a mostra “O Silêncio que Grita”, que reconta a história desde os primeiros habitantes das Américas até o período contemporâneo, mesclando, por exemplo, a saga da fundação de Brasília com a arte rupestre da Serra da Capivara e diversos personagens históricos. A montagem foi realizada pela Fundação Brasil Meu Amor (FBMA) e a exibição propõe por meio de imagens, vídeos e sons uma “injeção de brasilidade”, além do resgate da história do Brasil despertando a cidadania.
Exposição: AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar
Abertura: 04 de setembro, às 20h
Visitação até 04 de novembro de 2018 – terça a domingo, das 11h às 20h
Destaques em display: artes visuais do período que nasceram em tensão com a interdição da própria opinião política, que chegaram a ser proibidas, destruídas ou a ter circulação foi restrita. Entre elas textos de Hélio Oiticica, depoimento de Gilberto Gil, obras e obras de Antonio Henrique Amaral, Cildo Meireles e Nelson Leirner.
“O Silêncio que Grita”
De 30 de agosto a 23 de setembro, de segunda a sábado, das 06h às 23h, domingos das 10h às 22h.
Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2073.
Destaque: a exposição acompanha o espetáculo “JK, Um Reencontro com o Brasil”. em turnê pelo Brasil desde 2017, que agora no mês de Setembro, chega em São Paulo nos dias 19 e 20 de setembro, no Teatro Gazeta, na Av. Paulista.