Carros elétricos potentes e com preços populares, a colonização de Marte em poucos anos, um túnel de trem futurista que liga Nova York a Washington em viagens de apenas meia hora… Os projetos de Elon Musk são grandes e ambiciosos, portanto não chega a ser novidade o fato de que o bilionário acredita que pode ter encontrado uma solução para o problema das “fake news”. A forma como ele acredita que pode resolver o pepino, no entanto, é o que chama atenção…
Como alguém que nunca foi muito fã da grande imprensa, Musk cogita criar um novo serviço de notícias no qual os leitores poderiam classificar o “grau de veracidade” de matérias e reportagens e, a partir daí, nivelar a credibilidade dos jornalistas que as escrevem. A ideia é “restaurar a confiança” neles. E o namorado da cantora Grimes já pensou até em um nome para a novidade: “Pravda”, palavra russa que significa “verdade”, o mesmo título dado por Leon Trótski ao principal jornal da União Soviética durante a Guerra Fria.
Dono de uma fortuna estimada em US$ 18,7 bilhões (R$ 68,5 bilhões) e nem um pouco comunista, o cofundador da Tesla Motors está “de mal” com a mídia desde que discutiu com repórteres durante uma coletiva para falar sobre os resultados financeiros da empresa, no começo do mês, na qual os acusou de focar apenas nas más notícias. O destempero acabou prejudicando a ação da montadora na bolsa, que em um só dia perdeu mais de US$ 2 bilhões (R$ 7,3 bilhões) em valor de mercado, já recuperados em pregões posteriores. (Por Anderson Antunes)