Ellen Rocche chegou à coletiva de “Éramos Seis”, nessa segunda-feira, no Rio de Janeiro, sem o visual platinado dos últimos tempos. Para viver Marion, a loura escureceu os fios e cortou bem as longas madeixas. “ Achei que tinha sido muita mudança. Mas quando saindo do salão já pediram foto”, conta, com a simpatia habitual.
A atriz viverá a amante e confidente de Júlio, vivido por Antonio Calloni na trama das seis e, apaixonada, terá a ilusão de ficar com ele, que é casado com Lola (Glória Pires). “A Marion é um respiro. Dessa realidade dura, o cabaré na verdade, simboliza um lugar de descanso, confraternização. Saindo da casa e dos deveres e indo para um lugar com essa atmosfera. A Marion é uma mulher à frente do seu tempo, muito segura de si. Ela é livre. E ela gosta dessa vida, é uma mulher autêntica e digna. Não é uma piriguete. É uma mulher vivida, inteligente e escolheu essa vida”, esclarece. “Nesta novela não tem mocinho ou vilão. É a ótica feminina para contar a história, partindo da Lola. A Marion vem para colocar em jogo muitos sentimentos, emoções. Ela vai dar uma reviravolta em algumas tramas. Sempre foi um sonho fazer novela de época e graças a Deus estou realizando”.
A atriz brinca com o fato de rivalizar com nada mais, nada menos, do que Glória Pires na trama. “Amante do marido da Lola, vocês estão vendo? Que raiva de mim”, diz, aos risos. “Não sei se o público vai odiar a Marion, mas eu odiei quando li. Sério agora, como eu disse, não tem exatamente um culpado nesta história. Vocês vão entender, eu espero que entendam porque estou dando o meu melhor, o porquê dessa história entre os dois acontecer. A vida não é só o preto e branco, têm muitas nuances no meio, outras visões”.
Mas a personagem vai ter embate com a heroína? “Olha, não posso dizer ainda, mas sonho com isso. Amo a Glorinha, ela é um ser humano generoso, feliz. E quando fiz “O Outro Lado do Paraíso” sonhava em ter cenas com ela. Espero que nesta novela exista esta cena”, torce, fazendo mistério.
Para viver a exuberante personagem, Ellen fez aulas de burlesco, de maxixe e samba. “Ser madrinha de bateria não ajudou, viu? O samba daquela época nada tem a ver com o de hoje. É desaprender o que você já sabe, na verdade. Ter participado do “Dança dos Famosos” me ajudou a ter consciência corporal, que é o mais importante. Mas foi difícil segurar meu quadril, ele parece ter vida própria”, constata, e comenta sobre o perfil da escalação de papéis que costuma fazer, que ressaltam sua beleza: “Não me incomodo. Podem continuar a me escalar. Enquanto me escalarem para fazer a bonita, gostosa, é porque eu estou”.
Ao falar da boa forma, a atriz conta que o noivo, o nutricionista esportivo Rogério Oliveira, dá uma força no quesito. “Ele me ajuda, é super parceiro, em tudo. Também faço exercícios e me alimento bem”, diz. “Estamos juntos há mais de dois anos e noivos há um. Ainda não marcamos a data, mas provavelmente será um casamento na igreja, mais tradicional, acho bonito. Talvez ano que vem. Se amar, estar bem, também ajuda a ficar bonita”.
Ellen revela ainda, mais um desejo neste “combo”: “A maternidade também é uma experiência que gostaria de passar. Só depende de Deus e de nós aqui. Mas estou muito feliz com esse momento, com a minha vida” (por Brunna Condini)