A rainha Elizabeth II demonstrou novamente na última quarta-feira que não está dando muito bola para a pandemia de Covid-19. Em mais um dia de trabalho no Palácio de Buckingham, sua residência oficial em Londres, a monarca com quase sete décadas de trono recebeu várias pessoas como de costume e não pensou duas vezes antes de apertar a mão de todas sem suas tradicionais luvas – apesar das recomendações feitas por seu estafe de que no momento, e como forma de evitar o contágio do novo coronavírus, o cumprimento deveria ser evitado.
A chefe da Casa Real de Windsor, que está no grupo de risco da doença (pessoas com mais de 65 anos, entre as quais a taxa de mortalidade por Covid-19 tem ficado acima de 10%), já tinha dado de ombros dias atrás para as sugestões de seus assessores de que deveria cancelar parte de sua agenda e também algumas das viagens pelo Reino Unido que tem programadas para as próximas semanas a fim de proteger sua saúde. “Não fiz isso nem durante a guerra, vou fazer agora?”, foi a resposta dela para a turma.
Perto de completar 94 anos, Elizabeth II acredita que sua maior responsabilidade durante a atual crise sanitária global é passar para seus súditos a imagem de uma líder que tem tudo sob controle e, principalmente, está calma apesar da gravidade da situação. Em resumo, Sua Majestade está levando ao pé da letra a máxima “Keep calm and carry on”, que basicamente se traduz como “Fique calmo e siga em frente”, promovida em cartazes pelo governo britânico em 1939, no começo da Segunda Guerra Mundial. (Por Anderson Antunes)