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Gringo Cardia e cenas de “OVO” || Créditos: Juliana Rezende e Reprodução/ Instagram
Gringo Cardia e cenas de “OVO” || Créditos: Juliana Rezende e Reprodução/ Instagram

Dez anos. Demorou tudo isso para “OVO”, espetáculo do Cirque du Soleil assinado por Deborah Colker em parceria com Gringo Cardia – com título em português e tudo – chegar ao Brasil. Isso depois de ficar em cartaz na Rússia, Irlanda, Japão, França, Espanha, Inglaterra… Em trinta cidades diferentes, assistido por mais de 5 milhões de pessoas! Por aqui, em 2019 [a data exata ainda não foi divulgada], a turnê vai passar por São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília. Como agora é nossa vez, Glamurama foi bater um papo com Gringo sobre os bastidores dessa experiência. (por Michelle Licory)

“Nosso trabalho com o Cirque foi incrível. Apesar de já termos feito centenas de trabalhos, encontramos uma produção impecável que nunca havíamos visto antes. Nos deram dois anos para criar e produzir, um luxo de quem respeita muito a qualidade artística e pesquisa para um bom trabalho. Ficamos quase seis meses exclusivamente pesquisando e com tempo para criação e brainstorms. E um ano viajando mensalmente, mais outro morando em Montreal, construindo, experimentando e ensaiando. Isso é muito raro, e mostra que o Cirque investe na inovação e quer o máximo de criatividade de todos diretores que trabalham com eles. Tivemos acesso às mais avançadas técnicas de construção, os melhores profissionais e tudo sem restrição”.

Esse orçamento tão flexível deu resultado… “Dez anos em cartaz pelo planeta é uma glória para qualquer espetáculo. Foi muito bem organizado e aproveitado. Para mim o Cirque du Soleil é a maior produtora de shows do planeta”.

“OVO” || Créditos: Reprodução

Gringo já tinha um background internacional sólido. “Inclusive com a própria companhia de dança Deborah Colker. Fizemos turnês em muitos lugares do mundo e trabalhos exclusivos para a Komische Opera, de Berlim, o teatro Kampnagelde de Hamburgo, entre outros. Trabalhei bastante na Inglaterra em teatros como Young Vik e SouthBankCenter, em produções inglesas. Fui escolhido com Shigeru Ban e Francis Keré, grandes arquitetos, para fazer o Museu da Cruz Vermelha Internacional em Genebra. Trabalhei com o alemão Werner Herzog ajudando na concepção do cenário da ópera Midnight Summer Dream, entre outros. Mas com o Cirque tive a maior e mais intensa experiência profissional”.

O que o Cirque esperava de vocês e o que fizeram questão de imprimir nesse espetáculo? “Nossa missão no Cirque foi fazer algo diferente porque nos chamaram para isso. Trazer o nosso espírito de tradução da natureza e do humor bem brasileiro. Deborah também queria muito a diversidade musical brasileira de ritmos e isso foi a maior barreira que ela teve que vencer para conseguir ter no espetáculo. No final, o Cirque ficou muito feliz com o resultado e a resposta dos diversos públicos pelo mundo. O Cirque sabe que tão forte quanto a resistência para não mudar uma formula de sucesso é a necessidade de mudar para não ficar o mesmo. E eles arriscam”.

Como exatamente se deu a parceria com Deborah em “OVO”? “Fiz o roteiro junto com a Deborah porque muita coisa surgia a partir das ideias visuais”, explicou o cenógrafo. “Como fiz ginástica olímpica muitos anos e fui um dos criadores de um grupo de circo chamado Intrépida Trupe, sempre fui ligado à linguagem do corpo – atuando com objetos e cenários. Minha parceria criativa com Deborah se deu porque no espetáculo o cenário e o visual são extensões do corpo. Tudo é usado pelos bailarinos. Não existe decoração. O cenário é mais um bailarino. Em ‘OVO’ fiz a direção de arte e assim tivemos tempo de pensar juntos cada detalhe, do figurino à luz . Ela é minha maior parceira”.

“OVO” || Créditos: Reprodução

Sobre a importância de finalmente ver a produção em cartaz no nosso país… “Pra gente é um prazer muito grande ver ‘OVO’ no Brasil porque o Brasil está em ‘OVO’ – há mais de dez anos por todo o planeta fazendo o maior sucesso. É um grande orgulho. Todos os lugares são ótimos, mas a gente sempre pensou em mostrar isso no nosso país. Mostrar um espetáculo que leva a cultura brasileira por todos os lugares e que nos honra muito nesta missão. Achamos que só viria em 2029 nos vinte anos do espetáculo”, confessa.

Sobre outras novidades de Gringo… “Estou fazendo um monte de coisas ao mesmo tempo. Acabei de inaugurar a Casa do Carnaval da Bahia, um museu para dançar e saber a história da maior festa popular do Brasil, no Pelourinho. Estou fazendo o Parque Museu Vivo da Aldeia Hippie de Arembepe celebrando a filosofia hippie. Tambem dirijo em dezembro em São Paulo no Allianz Parque o show LiveExperience de Ivete Sangalo. Estou finalizando um megalivro de Claudia Raia e outro de Xuxa Meneghel com as melhores fotos de suas carreiras… E ainda dirigindo um documentário, “Arte e Luta”, sobre artistas que se inspiram em lutas nos seus trabalhos, no Brasil, na Europa no Japão e na Coréia com a produção da Academia de Filmes”.

Em tempo: vem saber aqui embaixo mais algumas curiosidades sobre “OVO”!

*Deborah Colker foi a primeira mulher a dirigir um espetáculo do Cirque du Soleil. Ela também é a autora e a coreógrafa de “OVO”

*”OVO” tem cinco brasileiros no elenco artístico e um na equipe técnica

*A cantora do espetáculo Júlia Tazzi participou da 2ª edição do programa “The Voice Brasil”

*Neiva Nascimento, que interpreta a personagem Ladybug, foi a primeira brasileira a protagonizar um espetáculo do Cirque du Soleil.

*Thalma de Freitas gravou os demos das músicas compostas para o show pelo também brasileiro Berna Ceppas

 

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