A partir da semana que vem entra em cena a segunda temporada de “Salve-se Quem Puder”, com capítulos inéditos gravados durante a pandemia. E aí a trama escrita por Daniel Ortiz será a única novela da Globo no ar com exibição de capítulos originais. As gravações desta fase aconteceram entre os meses de agosto e dezembro do ano passado, no Rio de Janeiro, depois de um hiato por conta das medidas restritivas impostas pelo coronavírus.
Com novas personagens e protocolos de segurança, os atores e atrizes tiveram que se readaptar à uma história que já existia e que decidiu não trazer o coronavírus para o seu enredo. “Foi desafiador, tivemos que aprender muitos processos do zero e nos reinventar enquanto artistas, mas a decisão de não abordar a pandemia, na minha visão, foi um grande acerto do Daniel e da direção. ‘Salve-se Quem Puder’ é uma novela leve que entra entre dois jornais. Diante de tantas notícias pesadas e tristes, ela virou um escape para a sociedade. O telespectador embarga na história e, por um momento, quase que esquece a tragédia toda que está acontecendo. Foi a decisão mais acertada!”, disse Flávia Alessandra, que interpreta Helena na trama.
Nos bastidores, porém, a realidade esteve presente o tempo todo. “É uma novela de muito contato, com beijo, abraço, brigas. Então, foi bem desafiador fazer todas as cenas com a distância necessária, com os acrílicos entre nós e seguindo todas as medidas. Mas demos nosso jeito para nossa própria segurança enquanto equipe. Fui recordista de testagem no elenco. Fiz mais de 4o testes PCR”, brincou a atriz Vitória Strada, a Kyra. Babu Santana, que chega nessa nova leva de personagens como o Nanico, completou: “No começo o teste era uma tortura para mim. Fiquei amigo da moça responsável por nos testar e disse que preferia tomar três injeções por dia do que fazer um PCR. Os 15 minutos até o resultado eram outro sofrimento. No último testei positivo, mas me recuperei bem e pude concluir as gravações”.
O elenco ainda comentou a oportunidade e a responsabilidade que é fazer o país rir nos dias de hoje. “Para além de todos os desafios, medo, distância, saudade do toque, de não ter aquele momento juntos nos bastidores, ficar cada um no seu camarim, isolados, fazendo sua própria maquiagem e cabelo, me sinto abençoada todos os dias. É, de verdade, uma benção poder levar alegria para as pessoas em um momento tão difícil como esse que estamos vivendo. Tudo isso ainda me fez crescer muito como atriz, por não poder abraçar aprendi a transformar meu olhar em um abraço”, concluiu Grace Gianoukas que dá vida à personagem Ermelinda.