A Casa Glamurama recebeu na tarde dessa sexta-feira a presença ilustre de Tom Zé, convidado da semana para a gravação do programa “Que Loucura é Essa?” com Joyce Pascowitch, que vai ao ar nessaa sexta-feira. Tom Zé estava acompanhado de sua mulher, Neusa, com quem é casado há 47 anos. Aproveitamos a deixa para descobrir quais são os queridinhos do artista quando o assunto é cultura. Espia só!
Glamurama: O que anda em sua cabeceira?
Tom Zé: “Elena Ferrante, que deve ser uma das escritoras mais populares do mundo agora e que, com uma fluência inacreditável, conquista quem põe os olhos numa página dela. Ela tem quatro livros publicados apenas e nunca dá entrevistas.”
Glamurama: Um filme que viu recentemente e amou:
Tom Zé: “Outro dia vi um filme e falei: ‘Graças a Deus estou achando filmes pra substituir o ‘Cidadão Kane’, de Orson Welles. Ando doido pra descobrir filmes pra tirar da minha lista moral ‘Cidadão Kane’, então quero falar de filmes bobos. Às vezes achamos uns que eu e Neusa [sua mulher] falamos assim: ‘É ótimo!’. Porque a gente não tá interessado em ver nada a não ser uma historinha e escrever bem é uma arte maravilhosa. Por escrever bem estamos nos referindo a toda a espinha dorsal que sustenta a literatura com clássicos.”
Glamurama: O que você anda ouvindo?
Tom Zé: “Além de David Byrne e essas pessoas que, por carinho e admiração por terem me ajudado e tal, tem no Brasil um artista que eu e a Joyce [Pascowitch] somos apaixonados: o Emicida. Ele é muito mais do que ele próprio pensa e do que o público pensa sobre ele. Ele é uma turbina de pensamento ligada constantemente capaz de socorrer você em qualquer instante. A inspiração é vizinha dele.”
Glamurama: Um artista por quem anda encantado:
Tom Zé: “Renoir, porque ele era muito criticado porque pintava muitos nus femininos e colocava cor na pele humana. Aqui [diz ele apontando para veias da parte interna de seu braço], ele destacaria a cor azul das veias e com isso nos mostra que o corpo tem muito isso. Conjunções sanguíneas e vibrações do sol… e ele, com exagero, dava destaque a isso na pintura e era criticado por isso. Hoje, é o mais amado de todos os impressionistas.”