Eleito melhor percussionista do mundo, Naná Vasconcelos morre aos 71

Naná Vasconcelos || Créditos: Reprodução

O percussionista Naná Vasconcelos morreu aos 71 anos na manhã desta quarta-feira no Recife. Ele estava com câncer de pulmão. Apelidado de Naná pela avó, a música sempre foi a mola propulsora de Juvenal de Holanda Vasconcelos. Em 1960, Naná deixou o Recife e foi morar no Rio de Janeiro, onde gravou dois discos com Milton Nascimento. Com o cantor Geraldo Azevedo, viajou para São Paulo para participar do Quarteto Livro, que acompanhou Geraldo Vandré no icônico Festival da Canção.

Filho de violonista do Recife, Naná teve na infância influências musicais que iam de Villa-Lobos a Jimi Hendrix. Especializou-se em instrumentos de percussão brasileiros, particularmente o berimbau, e foi eleito oito vezes por revistas especializadas em música nos Estados Unidos como o melhor percussionista do mundo. Ao longo de seus 50 anos de carreira, Naná ganhou 8 prêmios Grammy.

Há 15 anos, a abertura do Carnaval do Recife seguia sob o comando firme e talentoso de Naná. Com 12 maracatus, 600 batuqueiros e o coral Voz Nagô, a apresentação ocorria sempre na sexta-feira de Carnaval, levando magia e beleza para a multidão de foliões. Um espetáculo que só a criatividade de Naná e a força do Carnaval pernambucano podiam criar. Vai deixar saudades.

Sair da versão mobile