Ele sabe os segredos de Bebel Gilberto, Ana Paula Arósio, Lenny… Quem é?

Geff Ruas, Bebel Gilberto, Lenny Niemeyer, Andrea Dellal: cumplicidade de décadas || Créditos: Sergio Zalis/ Juliana Rezende/ Arthur Vahia/ Divulgação

Você pode não saber o nome do cara aqui em cima, até porque “aparecer” não é seu forte, mas pode ter certeza de que algumas das rodinhas mais animadas do Rio contam com a amizade dele. Geff Ruas era gerente da loja Forum de Goiânia, veio para o Rio de férias e nunca mais voltou. Tipo isso. Em 1999, na saída da praia, passou com um amigo para ver uma vaga de emprego em um recém-inaugurado Bar D’Hôtel, no Marina All Suites, no Leblon, e acabou contratado para ser garçom, por R$ 250, sendo que pagava R$ 170 rachando um apartamento em Copacabana com mais sete pessoas. “Mas eu comia no trabalho. Era um lugar performático, moderno, meio nova-iorquino. Carlos Tufvesson assinava o uniforme, que tinha uma saia transpassada, o Luiz Careca, todo tatuado, com alargador na orelha, finalizava as sobremesas na frente dos clientes”, lembra Geff, que rapidamente foi promovido para maître junior, host, maître, subgerente, gerente, gerente geral. Antes disso… “Derrubei um vinho tinto inteiro na Preta Gil. Fui aprendendo aos poucos, pegando intimidade com os frequentadores”.

“Fiquei melhor amigo da Preta. E da Bebel Gilberto, que morava no hotel e é muito próxima a mim até hoje. Terminava o expediente e a gente subia para o quarto dela. A Ana Paula Arósio foi morar lá também, e também fiquei melhor amigo dela. A gente saía sempre, para todas as festas. E quando eu ia para São Paulo, dormia na casa dela. Eu tinha um lema: o que se via, não era comentado. Acontecia ali, ficava ali. Levei isso pra vida. E não tinha essa de babar artista. Era todo mundo igual. Foi assim que comecei outra amizade, com a Lenny Niemeyer. O Bar D’Hôtel era surreal, o lugar mais disputado do Rio de Janeiro. A fila de espera era imensa, mas a Lenny tinha uma mesa cativa toda sexta-feira, na qual recebia umas 20 pessoas. Por lá passaram Gisele Bündchen, Naomi Campbell, todo mundo que as pessoas achavam o máximo”.

De lá, Geff foi para o Sushi Leblon, hotspot da rua Dias Ferreira, no qual arquitetou a ida de Tom Cruise, Madonna, Cameron Diaz, Megan Fox… “A Madonna fez reserva três meses antes e eu não contei nem pra dona. Ela não teve nenhuma frescura. Só pediu para desligar o ar condicionado. O Hotel Fasano mandou um rótulo caro para ela tomar no jantar, mas Madonna preferiu sake nacional quente. Ficou quatro horas no restaurante, comeu de tudo e saiu ‘trêbada’. Já o staff do Tom Cruise queria mandar o próprio chef pra lá, colocar um biombo escondendo a mesa… Mas conseguimos contornar e foi ótimo. Começamos a levar o Sushi Leblon para a casa das pessoas porque os clientes pediam para fechar o restaurante pra eles, mas isso dava muita confusão. Aí fiz jantar na ilha do Luciano Huck, em Angra, na ilha do Pitanguy para o Tom Cruise, que veio de novo, aniversário da Angélica, festa da Ivete Sangalo. Recebia o Eike Batista, a Andrea Dellal…”

Do Sushi Leblon, Geff saiu para prestar algumas consultorias e depois passar uma temporada em Londres. Por falar na cidade… “Quando estou lá, a Andrea [Dellal] me leva para ver tudo que tem de novo, educa meu olhar, me mostra o que ela acha bacana, em que eu deveria prestar atenção, me inspirar. Tive muitos amigos que me ajudaram a ser o que sou hoje. Me tornei gerente de conceito do grupo Rubaiyat, o primeiro gerente gay e barbado da empresa. Modifiquei o restaurante de Brasília todo, o de Madri também. Consegui botar uma bossa carioca, ganhei carta branca. Meu novo objetivo é modernizar o Figueira Rubaiyat, em São Paulo. É uma casa incrível que vai ficar ainda mais sofisticada”.  Alguém duvida?

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