Eduardo Sterblitch estreia em novelas e, apesar do papel cômico, avisa: “Sou o mais caipirão do elenco”

Eduardo Sterblitch está no elenco de ‘Éramos Seis’ || Divulgação

Eduardo Sterblitch está rindo à toa com sua estreia em novelas como o caipira Zeca, de “Éramos Seis”, no dia 30 de setembro. Mas embora o personagem seja leve e tenha humor, o ator vai acessar um lado seu pouco conhecido do público: “Tento fazer tudo dramático, não de ser triste, mas de não me preocupar com a comédia. Quero ser o mais natural possível, para que o público enxergue o Zeca, para contar essa história. A graça vai sendo encontrada, mas não fico pensando em trazer a comédia. Você nem sempre ri do que tem graça, as vezes ela vem para te encantar”, esclarece o ator, que foi visto recentemente na série “Shippados”, de Fernanda Young (1970-2019) e Alexandre Machado, ao lado de Tatá Werneck, disponível na plataforma GloboPlay.

Na trama de Angela Chaves com direção geral de Carlos Araújo, Sterblitch fará par romântico com Maria Eduarda de Carvalho, que faz Olga. “Ela tem um humor parecido com o meu. Zeca é um romântico apaixonado e eu também sou. Ele é mais do que eu, eu desisto mais rápido. Ele ama muito a Olga e faz de tudo para ficar com ela. O personagem foca a vida dele nela, que se utiliza desse amor, para torna-lo o que ela quer ser”. E acrescenta: “Tenho muitos amigos assim. Um casal que se ama muito, se pilha muito, a briga deles é engraçada. Quase um casal adolescente. Na novela vocês vão acompanhar a história deles por um tempo: se apaixonam, ficam juntos, têm um monte filhos. Mas não sei o que acontece depois”. E traduz o encanto pelo personagem: “O Zeca é muito autêntico. Sabe essas pessoas do interior, genuínas, simples e que você quer ficar ao lado o tempo inteiro? Ele é de verdade. Zeca não quer ser maior, mais rico, mais bonito. Ele é o que é, tem orgulho. Bem brasileiro”.

Na preparação para o papel, ele revela que chegou a se encontrar com Osmar Prado, que fez o Zeca na última versão. “Assisti toda novela anterior na internet. Até porque o Osmar Prado é um gênio. Fui na casa dele algumas vezes, o que me ajudou bastante, acalmou minha ansiedade. Esses grandes mestres sempre estão aí para ajudar a gente. Também fui para Itapetininga, cidade do Zeca, fiquei lá um pouco. Sou o mais caipirão da novela, com mais sotaque e isso pode ser um tiro no pé ou pode me ajudar”, diz. “É a minha primeira novela e talvez a última, se eu mandar muito mal, podem me matar (risos). Estou empolgado e ansioso para ver o que o público vai achar. O telespectador é o rei, o grande imperador desta maluquice toda que fazemos, de querer fazer a vida dos outros”.

Casado há seis anos com a atriz Louise D’Tuani, Sterblitch diz que o casal não sucumbe à pressão por um herdeiro, embora vários amigos próximos estejam tendo filhos, como Letícia Colin. “Isto tem sido diário, todas as forças nos pressionam (risos). É normal, mas como tem a pressão natural, não falamos sobre isso, deixamos rolar, vamos ter no momento certo. Eu dou as cartas, mas deixo o universo agir”, revela. “Uma taróloga disse que vou ter uma filha só. Minha mulher falou que ela está errada, que quer ter mais, mesmo adotando. Então estamos nos curtindo e não deixando que isso vire uma ansiedade.”

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