Lembrada até hoje pelo glamour dos looks e das joias que exibia nos tapetes vermelhos, Elizabeth Taylor – que morreu em 2011, aos 79 anos – certa vez se viu obrigada a atear fogo em boa parte de seu valioso guarda-roupa. Quem fez a revelação foi Tim Mendelson, assistente pessoal da eterna estrela do cinema por mais de vinte anos, em uma entrevista que deu para o “New York Post” nesta quarta-feira.
Segundo Mendelson, a vencedora do Oscar por “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?” e “Disque Butterfield 8” mantinha vários de seus vestidos no porão de um chalet em Gstaad, na Suíça, que foi originalmente construído para ser um abrigo anti-bombas durante a Segunda Guerra Mundial. O problema é que o local nunca recebeu a devida manutenção, e vazamentos e outras coisas do tipo acabaram destruindo muitas das peças.
Como estas não tinham como ser recuperadas, só restou a Taylor queimá-las, o que ela fez aos prantos. “Elizabeth valorizava muito o design de suas roupas, com as quais mantinha uma relação especial”, Mendelson contou ao “Post”. Entre as que viraram cinzas, haviam vestidos sob medida feitos por Coco Chanel em seu atelier no número 31 da rue Cambon, em Paris.
Mas o verdadeiro tesouro da atriz sempre foi sua coleção de diamantes, que depois da morte dela foi leiloada pela Christe’s pelo valor total de US$ 137 milhões (R$ 506,5 milhões). Com as pedras preciosas, a intérprete mais famosa da rainha Cleópatra era muito mais cuidadosa, e mandou construir um cofre especialmente para abrigá-las na mansão onde passou a maior parte da vida, em Beverly Hills.
“Elizabeth sempre soube que os diamantes são eternos, e cuidava dos seus sobretudo para que os próximos donos pudessem apreciá-los em seu melhor estado”, explicou Mendelson. Todo o dinheiro arrecadado com a venda no martelo foi doado para a The Elizabeth Taylor AIDS Foundation, que ainda recebe 25% de todos os ganhos “post mortem” de Taylor – só no ano passado foram US$ 20 milhões (R$ 73,9 milhões). (Por Anderson Antunes)